segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Quanto custa um blogueiro?

Quanto custa um blogueiro?

Opções terrestres para Cruzeiro do Sul


Nossa equipe de correspondendes na capital (eu e Félix) estivemos hoje no Terminal rodoviário para avaliar novas opções de transporte terrestre para CZS.

O taxi lotação tá sendo cobrado em 200 reais, mas segundo os taxistas há possibilidae de cair caso mais pessoas em barequem em CZS para Rio Branco.

Mas as melhores opções são mesmo os ônibus. agora não mais apenas uma, mas três empresas estão fazendo o transporte. O preço médio da passagem é de 100 reais pore pessoas. A viagem é estimada em 13 horas d eviagem. Duas paradas: uma em Feijó e outra em Tarauacá. Duas empresas oferecem onibus com ar condicionado e água gelada. A outra opção, mais simples sai por 70 reais. Informações no terminal de passageiros de Rio Branco.

Estrada


Tô chegando em CZS. Não podia estar mais feliz, Foram apenas 6 horas de viagem e desta vez, o motora do Deracre tem uma ótima seleção musica. Já ouvi samba, sertanejo, dance e agora chegou a vez do bom e velho Rock n' Roll. Tõ feliz, porque das últimas vezes, ou o sujeito ia arrastando o mesmo CD da Roberta Miranda, ou então tive que "comer o Zaqueu" umas não sei quantas vezes.

Bem, agora eu tô cruzando a variante e vendo a ponte do Juruá. Tá tocando Paradise City, do Guns n' Roses. Nada poderia ser mais expressivo do meu "momento interno" - O Axel canta assim:

" Me leve de volta pra cidade paraíso
Onde a grama é verde e as garotas são lindas
Você não quer por favor me levar pra casa"





domingo, 30 de outubro de 2011

Conheça o Jurupari


Um dos nomes mais falados neste final de semana foi Jurupari. A solenidade realizada próximo ao rio Jurupari marcou a integração definitiva entre os dois grandes vales acreanos Juruá, e Purus.
Não por acaso o rio jurupari é considerado o último do vale do juruá, pois corre em direção ao rio Envira, que por sua vez, é tributário do juruá. Do Jurupari em diante (na direção CZS- RBR) os cursos d'a agua são tributários indiretos do rio Purus.

Durante a solenidade, um dos políticos da região (não consegui identificar quem foi o autor da frase) disse que Juru -Pari seria algo como "jurar que irá dar a luz" , alguma besteira do tipo... Diante do "assassinato" deta figura lendaria e provavelmente historica que foi Jurupari, me sinto quase na obrigação de contra um pouco do que conheço a respeito.

Jurupari segundo a lenda foi um grande guerreiro que acabou com a tirania das mulherews sobre os homens. Na época, as Icamiabas, ou Amazonas tiranizavam os homens. Então uma delas se apaixonou pelo guerreiro que coinseguiu estabelecer um status quo amigável entre homens e nulheres.

A lena tem uma similutude quase idêntica à lenda grega de Hercules. Provavelmente as duas lendas se referem ao período em que a humanidade passou do matriarcado para o patriarcado. um período que a Biblia não registra pois após o cativeiro da babilônia, houve um expurgo de todos os sinais de adoração a uma divindade feminina. Ou vocês acham que não existiam editores naquela época?

Bem, um salve a Jurupari, o homem que botou as mulheres na linha.

Um dia eu conto mais, é que agora a patroa tá mandando eu vir jantar...

sábado, 29 de outubro de 2011

O povo cruzeirense exige: Prefeito tem que desfilar de saias


O Prefeito Vager Sales chegou a afirmar que "desfilaria de saias pelas ruas de Cruzeiro do Sul, se o Governo cumprisse a promessa de manter a BR
364 aberta de inverno a verão.". Teria feito a mesma promessa em relação à ponte do juruá.


Bem, ao que parece, o governo cumpriu a promessa, só falta o sr. agora cumprir a sua.

O blog Terranáuas dá a sugestão deste modelito havaiano, caso o sr não queira pegar emprestado uma da sua esposa...




Deu no Facebook
1-"kkkkkkkkkkkkk quero ver o vagner sales de saia desfilando pelas ruas de CZS KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK"

2-"nosso sonhos se realizam e agora queremos ver esse prefeito que só faz falar e trabalhar nada andar de saia nas ruas de Cruzeiro do sul, vamos la seu prefeito ver se cumpre ao menos isso ok....."
3- "Ainda quero ver se o prefeito de Cruzeiro do Sul, vai ou não pagar a promessa de desfilar de saias kkkk"

Desculpa aí Neto, mas quem me conhece sabe que eu perco o amigo, mas não perco a piada...

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Estado do Acre está definitivamente integrado



Dia 28 de outubro, dia em que o sonho centanário de integrar o estado do Acre, tornou-se realidade.

De maneira simbólica, o Governador Tião Viana comandou o caminhão que lançou o asfalto sobre o trecho de cem metros que faltavam para cobrir inteiramente a BR 364 entre Cruzeiro do Sul e Rio Branco.






O gesto que pôs fim ao capítulo de cem anos de história do Acre isolado, ocorreu exatamente nas marges do rio Jurupari, divisor de águas entre os vales do Juruá e Purus.


Mais de duas mil pessoas participaram da solenidade, entre senadores, deputados federais, estaduais, secretários, empresarios trabalhadores rurais e moradores da região.


Efetivamente o trecho entre Manoel Urbano e Feijó está imprimado, o que significa que recebeu uma primeira camada asfáltica que deve garantir a trafegabilidade mesmo durante o inverno.


O fato é que não há mais trechos que possam se transformar em atoleiros intrafegáveis durante o período da chuva.



A realidade é essa: o Acre está integrado.








quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Perpétua instrui militância comunista sobre crise do Ministério dos Esportes


A Deputada Federal Perétua Almeida (PCdoB-AC) participou nesta quinta-feira à noite de um encontro com a militância do PCdoB para esclarecer sobre o caso das denuncias que levaram ao pedido d edemissão do Ministro Orlando Silva. A pasta permanece com o PCdoB, através da indicação de Aldo Rebelo.

Para Perpétua o que existe na verdade é uma manipulação de parte consideravel da imprensa nacional que defende interesses da FIFA e da CBF na copa, que não são necessariamente, os mesmos interesses da sociedade brasileira.

" Até o momento não foram apresentadas provas e o denunciante é alguém que responde a dezesseis processos na justiça e ele só fez a denuncia, pois o ministro cobrou dele os recursos de projetos que ele não fez a prestação de contas. A única "prova" é uma ameaça dele ao ministro, com arma, que ele mesmo filmou", disse a deputada.

A entrevista vai ao pela Radio e TV Juruá.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Ayahuasca: cultura amazônica a serviço do bem-estar social



Sol, Lua, Estrela. A simbologia desenhada na camiseta daqueles jovens vendendo doces de castanha cristalizada em um dos muitos semáforos de Rio Branco, não deixavam dúvidas de sua afinidade com a União do Vegetal. Conversei com um deles e descobri serem jovens, ex-dependentes químicos que passaram pelo trabalho realizado pela Casa de Recuperação Caminho de Luz. Tive a oportunidade de conhecer o Centro Espírita Beneficente Templo da Ordem Universal de Salomão. Trata-se na verdade de uma unidade sem vínculos institucionais com a UDV, mas que segue a mesma doutrina do Mestre Gabriel.

O centro espírita mantém não um, mas três unidades de recuperação, uma das quais, próxima ao templo a que tive a oportunidade de conhecer, em Vila Acre, Rio Branco.

Conversei com algumas pessoas que passaram pelo processo e outra que ainda estão em regime de internato.

O trabalho de recuperação consiste basicamente na "laboterapia", ou seja, fazer o pessoal trabalhar bastante, em hortas, em uma marcenaria, além dos sempre necessários serviços de carpinteiro e pedreiro.

Em segundo lugar, mas não menos importante é a administração do chá hoasca. O trabalho é coordenado pelo Mestre José Muniz. Segundo Mestre Muniz, o chá é utilizado como instrumento de desintoxicação e na redução das crises de abstinência.

"Eu era farmacêutico e ficava pensando que não existia para curar a dependência química, aí o Mestre me mostrou o Vegetal. " O trabalho iniciado de maneira amadora em 1994 cresceu e tornou-se uma casa de recuperação com estatuto. Segundo M. Muniz mais de 1000 pessoas já passaram pela unidade, e o índice de recuperação é estimado em 50%, o que segundo ele já é considerado uma vitória.

Assista ao vídeo

O trabalho da Casa de Recuperação Caminho de Luz recebe o apoio do Governo do Estado do Acre com alimentos e no pagamento de dois monitores, no valor aproximado de 3 mil reais por mês. O centro faz parte do CADES- Central de articulação das Unidades de Saúde do Acre.

Trabalhos realizados pelo Departamento Médico-Científico do C.E.B.U.D.V. em parceria com a Universidade da Noruega demonstraram o baixo índice de toxidade da ayahuasca, comparável ao suco de maracujá. Nos estudos científicos realizados também foi comprovado, que a ayahuasca não causa dependência química ou psicológica.

No Peru, a ayahuasca também é utilizada com relativo sucesso na recuperação de dependentes químicos. Em diversos centros tem se destacado o Takiwasi, na cidade de Tarapoto.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Empresa solicita permissão para detonação de cargas para prospecção de Petróleo no Juruá


A empresa Georadar, contratada pela ANP já iniciou a tomada de permissão dos moradores para a detonação de cargas explosivas no que eles denominam linha de sismos.

Até aí, tudo bem, me parece absolutamente correto o procedimento da empresa para realizar tal serviço.

No entanto faço aqui uma resalva: falta por parte do governo federal e da ANP um diálogo mais aberto com a sociedade sobre o processo. Quando se realiza uma tomada de assinaturas, no "varejo", o processo participativo, fica, obviamente fragilizado.

É evidente que existe um desejo latente da maioria da população cruzeirense de que a prospecçção e futura exploração comercial do Petroleo venha de fato a acontecer. No entanto é necessário que se conheçam os riscos, é necessário sobretudo transparência no processo. Pois, onde não existe transparência, surgem os fantasmas, os boatos que podem tornar a situação ainda mais complicada no futuro.

Vamos realizar uma audiência pública com todos os prós e contras, não vamos deixar a população sem saber o que está acontecendo!

Quem quiser mais detalhes é só ir no Bairro Nova Olinda (após Boca da Alemanha).

Por favor ANP e Governo: Transparência Já!

Governo do Acre estuda adquirir equipamentos da China


De volta a sua recente viagem à feira de negócios em Xenzen, na China, o secretário de industria comércio e tecnologia, Edvaldo Magalhães concedeu entrevista falando sobre a intenção recíproca de investimentos. Segundo o secretário, a China produz painéis solares de última geração que tem baixo custo de manutenção. "Estes painés são interressantes para o desfio da terciar etapa do programa Luz para Todos, de levar energia elétrica agora para as comuniddaes mais isoladas", explica Edvaldo.
O sceretário falou ainda sobre a possibilidade de a China investir no nascente parque industrial do Acre, tendo em vista as possibilidades de exportação abertas pela rodovia transoceânica. Há interesse em se montar uma industria de motores elétricos para motocicletas e bicicletas, que já são produzidos em larga escala na China.

Ferrovia

Edvaldo falou também sobre a ferrovia transoceânica, ligando Brasil-Peru através de Pucalpa como um projeto maior de integração regional da América do Sul. Parte da ferrovia já existe, ligando o RJ à região produtora de soja no Centro-Oeste e seu projeto é chegar até o pacífico. O projeto, incialmente era fazer esta ligação atravésde Guajaramirim-RO. mas como o governo peruano já declarou que pretende abrir a ferrovia de Pucalpa a Cruzeiro do Sul, fica mais fácil esta negociação.

A Rodovia Transoceânica tem limitações de carga impostas pelos Anes, problema que a ferrovia CZS-Pucalpa-Lima, poderia solucionar. A ferrovia traria uma economia de 12 dias no transporte de mercadorias para os mercados do pacífico que atualmente é feito através do canal do Panamá.

sábado, 22 de outubro de 2011

Pastor arrecada 80 milhões de dólares com falsa promessa de arrebatamento para ontem. Advinhem, ele errou de novo!


O que dizer dese abestado chamado Harold Camping, que havia previsto o fim do mundo para maio deste ano, e depois remarcado para 21 de outubro?

Oportunismo, sincera inocência, ou só mais um fanático que não sabe difereciar o real do simbólico. Esle está entre aqueles que acreditam que o "arrebatamento" vai levar os fiéis pro céu, com tripa e tudo!

Valha-me Deus!

O fato é que a sua Family Radio arrecadou US$ 80 milhões com a falsa promessa de arrebatamento! Eita negócio rentável esse de fim de mundo!

Leia mais

Arrebatamento não acontece e fundação ateísta cria campanha para desacreditar profecias


E falando sobre a profecia maia, alguns esclarecimentos. O calendário maia termina no dia 23 de de dezembro de 2012. É o último dia marcado no calendário. Os maias nunca falaram sobre "fim do mundo", até por que para eles o tempo não era linear como imaginamos hoje, mas cíclico. Termina um ciclo, começa outro.

A data 23 de dezembro trata de uma evento astronomico: o alinhamento da Terra com o eixo central da galáxia. É isso. Nada de apocalipse (que significa revelação e não "fim do mundo"), nem arrebatamento, nem nada. Um evento astronomico previsto com precisão matemática. Ponto.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Um pouco mais pra esquerda por favor!


Quando eu vejo os índios xinguanos sem voz em um cenário dominado por um governo petista, quando eu vejo um dep. tucano defender questões ligadas ao meio ambiente, porque não se tem mais espaço para este tipo de discussão na esquerda tradicional, começo a pensar que realmente os canais partidários de esgotaram. Por outro lado o povo se mobiliza em rede através da internet e ocupa as ruas do mundo inteiro para pedir o fim do capitalismo. Estaríamos próximos a uma revolta anarquista?


O que o movimento que derrubou Kadafi e Mubarack e abalou os regimes no Oriente Médio, intitulado "Primavera Árabe" e o movimento Ocuppy contra as bolsas de valores do mundo inteiro têm em comum?

Ambos, fogem completamente da antiga lógica de movimentos hierarquizados, com comandos piramidais. Ocorreram em redes na qual não é possível se identificar líderes. As redes sociais na internet tornaram possível o sonho dos antigos anarquistas, uma revolução permanente, e sem nome.

A atual movimentação não é pensada mais dentro dos partidos, mas em redes sociais e o acampamento permanente em Wall Street, mostra que muita gente está disposta a bem mais do que teclar no computador.

Movimento semelhante aconteceu na Espanha, em maio, e pode-se esperar por outros em todo mundo, em especial, na Europa, onde existe uma pressão dos organismos financeiros internacionais sobre a massa de trabalhadores.

A era das mobilizações através da internet foi inaugurada pelo movimento zapatista dos índios maias do sul do México, na década de 90. Eles deram a resposta à altura, em uma era onde se acreditava que nem tipo de revolução era possível.

Mas o que tal movimento pode trazer de real e concreto para os próximos anos.

Para Gustave Massiah, membro do Conselho Internacional do Forum Social Mundial, é necessária uma estrátegia "altermundista".

Para o estudioso existem tres possíveis saída para a crise mundial do capitalismo:

1ª - A criação de um neoliberalismo de guerra, com um "endurecimento social” reforçando o moralismo evangelista, a ideologia securitária, a instrumentalização do terrorismo, a religião do mercado e a guerra de civilizações. Para ele há o risco de regimes autoritários e ditatoriais se imporem.

2ª - A refundação do capitalismo: seria uma espécie de "New Deal", uma lógica keynesiana de maior controle do estado sobre a economia, programas que favoreçam maior distribuição de renda, o multiculturalismo e a negociação multilateral favorecendo o aparecimento de novos atores no cenário mundial. A partir desta ótica fica claro que este é o modelo adotado pelo Brasil, desde que Lula e o PT assumiram o poder.

3ª - A superação do capitalismo a partir do acesso de todos aos direitos fundamentais e à igualdade de direitos. A construção de uma sociedade baseada na satisfação das necessidades sociais, no respeito à natureza e na plena participação popular reside no âmago desta proposta.Tal modelo, proposto pelo movimento altermundista (Outro Mundo é possível- Form Social Global) tem em seu âmago a recusa ao produtivismo, adotado tanto pelos modelos capitalista quanto pela experiência soviética do socialismo. Contém uma crítica fundamentada ao atual modelo energético, alimentar e climático.

Este é sobretudo, um convite à recusa do fatalismo e uma era de possibilidades quase ilimitadas de engajamento.

* Baseado na reportagem da revista Fórum.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Trabalhadores da Industria Madereira ocupam ALEAC

Centenas de trabalhadores das principais indústrias madereiras do estado ocuparam hoje (quinta-feira) o prédio da ALEAC. A manifestação foi um protesto contra as denúncias do deputado Major Rocha, do PSDB sobre a extração madeireira na Floresta Estadual do antimay. Segundo o deputado tucano, os pequenos produtores estão sendo penalizados com maior rigor do que as grandes empresas pela legislação ambiental.

Representantes das empresas e dos trabalhadores estiveram presentes na manifestação. Para a representante das industrias de manejo Adelaide de Fátima o deputado desconsiderou a categoria que hoje representa a maior fatia da economia do estado. "trabalhamos dentro da lei", disse a presidente do sindicato que representa as empresas.

Para o diretor nacional da CUT, Manoel Lima, o deputado não tem legitimidade para defender os trabalhadores pois não tem acompanhado as discussões que visam atender às demandas dos produtores rurais. "ele representa os setores que se calaram quando se trocava o home pelo boi", disse o representante da CUT.

Moisés Diniz, lider do governo na Aleac (PCdoB) foi veemente ao dizer que os problemas levantados pelo deputado dveeriam ter sido resolvidos internamente. Para o deputado comunista as denúncias ao tornarem-se assunto nacional, expuseram o estado, colocando em risco a atividade econômica, o projeto madeireiro e o emprego de cerca de 5 mil trabalhadores.

As denúncias tiveram inicio a partir de uma carta assinada por moradores de uma área explorada pela madereira Triunfo. Não havia na manifestação, nenhum representante destes moradores. Na quinta-feira da semana passada a promotoria do meio ambiente e o IMAC estiveram na área e solicitaram a imediata desobstrução do riozinho do rola, onde a empresa havia feito barragens para facilitar o transporte da madeira.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

“Deus nos livre de um Brasil evangélico.”


* A frase entre aspas é do pastor Ricardo Godim, da Igreja Betesda. A matéria foi publicada em abriol na Carta Capital. Mas resolvi publica-lo devido ás recentes movimentações da bancada evangélica para aprovar uma lei que proiba o culto ao ar livre da umbanda, do candomblé e da wicca (religião celta).

Quem afirma é um pastor, o cearense Ricardo Gondim. Segundo ele, o movimento neopentecostal se expande com um projeto de poder e imposição de valores, mas em seu crescimento estão as raízes da própria decadência. Os evangélicos, diz Gondim, absorvem cada vez mais elementos do perfil religioso típico dos brasileiros, embora tendam a recrudescer em questões como o aborto e os direitos homossexuais. Aos 57 anos, pastor há 34, Gondim é líder da Igreja Betesda e mestre em teologia pela Universidade Metodista. E tornou-se um dos mais populares críticos do mainstream evangélico, o que o transformou em alvo. “Sou o herege da vez”, diz na entrevista a seguir.

CartaCapital: Os evangélicos tiveram papel importante nas últimas eleições. O Brasil está se tornando um país mais influenciável pelo discurso desse movimento?

Ricardo Gondim: Sim, mesmo porque, é notório o crescimento do número de evangélicos. Mas é importante fazer uma ponderação qualitativa. Quanto mais cresce, mais o movimento evangélico também se deixa influenciar. O rigor doutrinário e os valores típicos dos pequenos grupos se dispersam, e os evangélicos ficam mais próximos do perfil religioso típico do brasileiro.

CC: Como o senhor define esse perfil?

RG: Extremamente eclético e ecumênico. Pela primeira vez, temos evangélicos que pertencem também a comunidades católicas ou espíritas. Já se fala em um “evangelicalismo popular”, nos moldes do catolicismo popular, e em evangélicos não praticantes, o que não existia até pouco tempo atrás. O movimento cresce, mas perde força. E por isso tem de eleger alguns temas que lhe assegurem uma identidade. Nos Estados Unidos, a igreja se apega a três assuntos: aborto, homossexualidade e a influência islâmica no mundo. No Brasil, não é diferente. Existe um conservadorismo extremo nessas áreas, mas um relaxamento em outras. Há aberrações éticas enormes.

CC: O senhor escreveu um artigo intitulado “Deus nos Livre de um Brasil Evangélico”. Por que um pastor evangélico afirma isso?

RG: Porque esse projeto impõe não só a espiritualidade, mas toda a cultura, estética e cosmovisão do mundo evangélico, o que não é de nenhum modo desejável. Seria a talebanização do Brasil. Precisamos da diversidade cultural e religiosa. O movimento evangélico se expande com a proposta de ser a maioria, para poder cada vez mais definir o rumo das eleições e, quem sabe, escolher o presidente da República. Isso fica muito claro no projeto da Igreja Universal. O objetivo de ter o pastor no Congresso, nas instâncias de poder, é o de facilitar a expansão da igreja. E, nesse sentido, o movimento é maquiavélico. Se é para salvar o Brasil da perdição, os fins justificam os meios.

CC: O movimento americano é a grande inspiração para os evangélicos no Brasil?

RG: O movimento brasileiro é filho direto do fundamentalismo norte-americano. Os Estados Unidos exportam seu american way oflife de várias maneiras, e a igreja evangélica é uma das principais. As lideranças daqui leem basicamente os autores norte-americanos e neles buscam toda a sua espiritualidade, teologia e normatização comportamental. A igreja americana é pragmática, gerencial, o que é muito próprio daquela cultura. Funciona como uma agência prestadora de serviços religiosos, de cura, libertação, prosperidade financeira. Em um país como o Brasil, onde quase todos nascem católicos, a igreja evangélica precisa ser extremamente ágil, pragmática e oferecer resultados para se impor. É uma lógica individualista e antiética. Um ensino muito comum nas igrejas é a de que Deus abre portas de emprego para os fiéis. Eu ensino minha comunidade a se desvincular dessa linguagem. Nós nos revoltamos quando ouvimos que algum político abriu uma porta para o apadrinhado. Por que seria diferente com Deus?

CC: O senhor afirma que a igreja evangélica brasileira está em decadência, mas o movimento continua a crescer.

RG: Uma igreja que, para se sustentar, precisa de campanhas cada vez mais mirabolantes, um discurso cada vez mais histriônico e promessas cada vez mais absurdas está em decadência. Se para ter a sua adesão eu preciso apelar a valores cada vez mais primitivos e sensoriais e produzir o medo do mundo mágico, transcendental, então a minha mensagem está fragilizada.

CC: Pode-se dizer o mesmo do movimento norte-americano?

RG: Muitos dizem que sim, apesar dos números. Há um entusiasmo crescente dos mesmos, mas uma rejeição cada vez maior dos que estão de fora. Hoje, nos Estados Unidos, uma pessoa que não tenha sido criada no meio e que tenha um mínimo de senso crítico nunca vai se aproximar dessa igreja, associada ao Bush, à intolerância em todos os sentidos, ao Tea Party, à guerra.

CC: O senhor é a favor da união civil entre homossexuais?

RG: Sou a favor. O Brasil é um país laico. Minhas convicções de fé não podem influenciar, tampouco atropelar o direito de outros. Temos de respeitar as necessidades e aspirações que surgem a partir de outra realidade social. A comunidade gay aspira por relacionamentos juridicamente estáveis. A nação tem de considerar essa demanda. E a igreja deve entender que nem todas as relações homossensuais são promíscuas. Tenho minhas posições contra a promiscuidade, que considero ruim para as relações humanas, mas isso não tem uma relação estreita com a homossexualidade ou heterossexualidade.

CC: O senhor enfrenta muita oposição de seus pares?

RG: Muita! Fui eleito o herege da vez. Entre outras coisas, porque advogo a tese de que a teologia de um Deus títere, controlador da história, não cabe mais. Pode ter cabido na era medieval, mas não hoje. O Deus em que creio não controla, mas ama. É incompatível a existência de um Deus controlador com a liberdade humana. Se Deus é bom e onipotente, e coisas ruins acontecem, então há algo errado com esse pressuposto. Minha resposta é que Deus não está no controle. A favela, o córrego poluído, a tragédia, a guerra, não têm nada a ver com Deus. Concordo muito com Simone Weil, uma judia convertida ao catolicismo durante a Segunda Guerra Mundial, quando diz que o mundo só é possível pela ausência de Deus. Vivemos como se Deus não existisse, porque só assim nos tornamos cidadãos responsáveis, nos humanizamos, lutamos pela vida, pelo bem. A visão de Deus como um pai todo-poderoso, que vai me proteger, poupar, socorrer e abrir portas é infantilizadora da vida.

CC: Mas os movimentos cristãos foram sempre na direção oposta.

RG: Não necessariamente. Para alguns autores, a decadência do protestantismo na Europa não é, verdadeiramente, uma decadência, mas o cumprimento de seus objetivos: igrejas vazias e cidadãos cada vez mais cidadãos, mais preocupados com a questão dos direitos humanos, do bom trato da vida e do meio ambiente.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Igarapé Preto: Projeto do Governo passa por estudos


Fiquei fascinado ao tomar contato com o primeiro esboço do projeto do governo do estado para o Igarapé Preto. Este primeiro esboço previa a ampliação em quase 6 vezes a lâmina d'água do atual balneário e transformando em uma extensa área de tursimo elazer até a sua foz, no rio Môa. Para o rio Moa, dentro do mesmo projeto previa-se a construção de uma marina ou pier para embarcações fluviais.
Significaria que o vistante poderia tomar um barco em Cruzeiro do Sul, dar um passeio pelo môa e terminar a visita no Igarapé Preto.

O projeto estava na SETUL mas está agora na Secretaria de Obras. Conversamos com o secretário Wolvenar Camargo, que explicou que o projeto ainda passa por estudos e levantamentos topográficos. Basicamente, o secretario disse que não pretende aumentar tanto a área alagada, pois geraria altos custos ambientais e pesadas indenizações.

Ainda assim, o projeto é ousado, melhorando toda infra-estrutura de recebimento ao turista, retirando os buerios e colocandio garndes galerias para passagem de água. também é previsto um melhoramento da área de estacionamento e retornos, uma vez que esta é uma das áreas mais propícias a acidentes de trânsito em Cruzeiro do Sul.

Segundo o secretário, o projeto deve ficar pronto até o final deste ano, passará por licitações e terá sua execução iniciada quando o nivel do igarapé for favorável, ou seja, se não houver atraso na licitação, pdoerá ter inicio já no verão do próximo ano. Os recursos para a obra já estão garantidos pelo BNDES, segundo o secretário.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

BR deve permanecer aberta


Acabo de sair de uma coletiva com o Governador Tião Viana e Marcus Alexandre, diretor-presidente do Deracre. ele anunciaram o fechamento do trecho de poucoa mais de 20 km entre o rio Jurupari e a ponta do asfalto em direção à Feijó, para veículos com mais de 7 toneladas. A partir do dia 25 de outubro somente veículos que tenham esta tonelagem poderão trafegar neste trecho. Os veículos acima de 7 toneladas terão até o dia 30 deste mês para regressarem (neste trecho). A partir do dia primeiro, veículoas cacima deste peso, não poderão mais passar. No restante da BR, o tráfego permanece aberto de acordo com as normas do DNIT.

Com esta operação, o Deracre pretende manter o abastecimento da região do Juruá a partir do transbordo para caminhões menores neste trecho.

O anúncio oficial se a BR permanecerá aberta ou não durante o inverno, está prevista para o dia 22, quando o governador fará uma visita no local em obras, mas o auncio de hoje, é um indicativo de que a BR deverá realmente permanecer aberta este ano para veículos de baixa tonelagem.

Marcus Alexandre disse também que o trecho Jurupari - Manoel Urbano (ETAM) já está praticamente todo asfaltado, restando um pequeno trecho que já foi imprimado (primeiro piche).

domingo, 16 de outubro de 2011

Eis o milagre da fé!

Ando pelas ruas de Rio Branco, no trânsito meio parado das 6 horas da tarde. Ainda está muito quente.
Observo a grande quantidade de igrejas evangélicas que em alguns lugares superam em quantidade os também numerosos butecos e distribuidoras de bebidas da cidade. Pode-se ter até a impressão de que os evangélicos estão crecendo em número, mas o vazio das igrejas me faz pensar que talvez tenham mais igrejas do que crentes, ou que talvez elas estejam entrando em um processo de tomar a freguesia uma das outras.

Alguns nomes das igrejas me parecem bastante esdrúxulos, e dão a dimensão de que elas passam por um processo de fragmentação. Existe por exemplo, a Igreja "Wesleyana" ou a "Assembléia de Anápolis", etc... mas o troféu "nome engraçado vai para uma que vi hoje: "Igreja Primitiva dos Últimos Dias". Será que eles acendem o fogo da caverna enquanto esperam o fim do mundo?

E de pensar que tudo começou com Lutero, querendo moralizar a igreja católica. Depois veio Calvino e deu a graça da salvação á burguesia, que antes estava condenada pela Igreja Católica pelo pecado da usura e inaugurou a era do capitalismo.
Na mesma época surgiram os Anabatistas, defendendo que o batismo só poderia ocorrer depois da pessa se tornar adulta e deram origem aos atuais batistas. O pentecostalismo como igreja é um fenômeno moderno, do início do século XX. Começou com os negros do sul dos EUA, acostumados ao Vodu e à feitiçaria, "recebendo o santo" nas igrejas.Deu tanbto resultado que se espalhou pelo mundo, em especial em países com forte tradição mágica, como Brasil, Peru, países africanos, etc...

Mas talvez a diversidade de denominações também seja um reflexo do que pode ter sido a igreja cristã em seus primórdios, uma masa heterogênea de cristãos que variam dos mais "hipiies" e naturebas (os essênios), aos burocratas e almofadinhas e puxa-sacos mantenedores da ordem que agradavam ao império romano. Aí veio Constantino e unificou aquela massa, de maneira bastante arbitrária...
E passou a ser vantagem se tornar cristão, cokm facilidad de acesso a cargos públicos e de perseguidos, passaram a perseguidores. O estado romano passou a fazer vista grossa aos saques e agressões contra sacerdotes das antigas religiões. Teve um caso clássico na Alexandria, de uma professora, cientista, astrônoma e sacerdotisa, que foi perseguida pelos cristãos, mas isso fica para outra postagem.

Mas, voltemos à Rio Branco. Nem todas as igrejas estavam vazias neste dia quente. Tinha uma que estava lotada. Pode ser coincidência mas ela possuia potentes ar condicionados que tornavam o ambiente interno climatizado... até eu tive vontade de entrar. Mas resisti à tentação...Na porta estavam parados carrões novos e caminhonetes do ano.

Lembrei-me então da pregação de um pastor aqui em RBR que virou "hit" e em sua homenagem, reproduzo aqui, de maneira resumida.Pode parecer lenda, mas aconteceu de verdade.

"Meus irmão, deus espera pela sua doação. Mas não me venham com uma nota, de cinco reais. O que tem na nota de 5 reais?. Uma garça. Um animal que vive com o pé na lama. Vocês querem passar o resto de seus dias, com o pé na lama? Mas, meus irmãos, não me venham vocês, com uma nota de 5 reais. Uma arara, meus irmãos, é um animal de voo curto, que só faz barulho, não chega longe. é isso que vocês qauerem, meus irmãos? Meus irmãos, mas por favor, não me venham com uma nota de 20 reais. Quem, é que vai querer pagar este mico? Agora, de 50, a gente já tá falando de uma onça.Um animal imponente, que impõe respeito. Mas, na nota de 100, tem o desenho de um peixe, que é o símbolo do Cristo. Este sim, vai agradar a deus"

Eis o milagre da fé "Pois se ela remove montanhas
Também tráz grana e um monte de mulher."

Raul Seixas e Marcelo Nova em:

Pastor João e a Igreja Invisível
Eu não sei se é o céu ou o inferno
Qual dos dois você vai ter que encarar
E foi pra não lhe deixar no horror
Que eu vim para lhe acalmar

Se o pecado anda sempre ao seu lado
E o demônio vive a lhe tentar
Chegou a luz no fim do seu túnel, minha filha
O meu cajado vai lhe purificar

Pois eu transformo água em vinho,
Chão em céu, pau em pedra, cuspe em mel
Pra mim não existe impossível
Pastor João e a igreja invisível (4x)

Para os pobres e deseperados
E todas as almas sem lar
Vendo barato a minha nova água benta
Três prestações, qualquer um pode pagar

O sucesso da minha existência
Está ligado ao exercício da fé
Pois se ela remove montanhas
Também tráz grana e um monte de mulher.

Pois eu transformo água em vinho,
Chão em céu, pau em pedra, cuspe em mel
Pra mim não existe impossível
Pastor João e a igreja invisível (2x)
Haa! Pastor João e a igreja invisível (3x)


Leia Também: A Verdade sobre Lobos, Cordeiros e Pastores 

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O Professor e a Periguete

Atendendo a pedidos, a parte 2 do texto garimpado


Parte 2 - Tatuagem



Harlequim Andernach

- Você me fez gozar!

- Que bom !

- Não você não entendeu, você me fez gozar pela primeira vez. Eu nunca tinha gozado antes.

Será verdade, pensou o professor, ou será que essa gatinha ta tirando uma com a minha cara.
Pode até ser verdade, a maioria dos caras só pensa no próprio prazer.

- Ei, eu to falando com você! Você é o homem que eu quero...

Entregou-se à magia do momento, mas sem acreditar em uma palavra. Procurava não pensar muito no caso. Nem se empolgava demais, mas também não o descartava por completo. Mantinha-se em uma linha tênue entre o sim e o não. Isso parecia aumentar ainda mais o mistério...


-Você me faz feliz!
- Como eu posso fazer você feliz
, se eu não fiz nada.


Lembrava-se de seu fracassado casamento e do grande esforço que era fazer sua mulher ao menos “parecer feliz”. Como poderia agora ela dizer que ELE a fazia feliz ?


Um dia, após uma transa, ela parecia triste:

- Você não me leva a sério. É por que me acha criança?


- Não é isso!


- O que é então? Você foi ,muito machucado?


-Pode ser.


- Eu quero provar para você que posso te fazer feliz!


-Ninguém pode fazer ninguém feliz.É um estado que depende principalmente de nós mesmos.


-Quero ser sua mulher. Cuidar de você.



- Ahahaha!


- Por que está rindo?


- Você não é o tipo de mulher que a gente casa e tem filhos!


-E que tipo de mulher que eu sou então?


- Do tipo que a gente faz uma tatuagem e foge pro México...


- Como assim?


- Existem mulheres que aprumam a cabeça dos homens, e outras que viram nossas cabeças. Nos fazem mudar de rumo, atravessar fronteiras e deixam marcas eternas em nossas vidas. Só que você não é o tipo de mulher que nos enlouquece, simplesmente, porque você vive junto a mesma loucura também... Por que sei, que de alguma forma, também deixei uma marca em você, como uma tatuagem.



* O texto é mais uma vez ilustrado por um desenho de Milo Manara.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

O Professor e a Periguete




Texto garimpado na internet. No caso me chamou a atenção o linguagem, ao estilo Bucowsky, agregada desse "neologismo" - "periguete". A ilustração é de Milo Manara, que eu mesmo garimpei na internet para ilustrar o texto.



Harlequim Andernach


Parte 1: Lugar Sagrado


Ela não tirava de cima dele aqueles olhos sensuais, redondos e azuis.” – Será que ela está me dando bola”. Foi o que pensou, o professor, sujeito sério, 20 anos mais velho do que ela.
Não que ele fosse careta, não nada disso. Filosofia era o seu tema preferido, e por isso tinha escolhido aquela carreira. Já tinha sido “muito louco” ou pelo menos achava que sim, fumado maconha na faculdade, contestado padrões, participado do movimento estudantil... Enfim,ele se achava um cara descolado, fora dos padrões convencionais. Mas corresponder aqueles olhares parecia ser uma fronteira muito mais intransponível.
A “patroa” o havia deixado. Talvez cansara-se de sua falta de ambição, de ter continuado, por quase duas décadas como um mero professor de ensino médio. Inteligente ele era, mas tinha sido simplesmente feliz fazendo o que gostava: dar aulas de filosofia, ainda que, em uma turma de 40 alunos, talvez um ou dois aprendesse alguma coisa de fato. Mas desde que sua mulher o deixara as coisas agora eram outras, e os primeiros cabelos brancos já lhe faziam questionar os seus próprios caminhos, da qual antes era tão seguro...
“-O que eu tenho a perder afinal”. Retribuiu o sorriso, e no final da aula, um papelzinho dobrado com um telefone e uma marca de batom veio lhe parar no meio das suas coisas. Tinha um perfume levemente cítrico, que certamente era proposital. Sentia-se um bobão, um banana, com aquele papel na mão. A menina era bonita “-acho que ela só quer curtir com a minha cara”. Mas numa sexta-feira a noite, achou que se morresse sem ligar para aquele número, morreria como um covarde. Tinha medo de que ela lhe atendesse de maneira indiferente.
“- oi tudo bem”
“-Melhor agora, que estou falando com você!” (essa é clássica)
“...Queria te ver”
Marcaram um encontro. Às escondidas, não era mais casado, e a garota era maior de idade, mas sentia-se constrangido diante da sua juventude.
Era uma noite quente e ela estava com um shortinhos curtos jeans, e uma blusa de alcinhas.
“- Uma delícia...” Mas o que realmente o deixava desconcertado era o jeito com que ela olhava para ele. Um olhar incendiário. Resistiu o quanto pôde, sempre pensando que afinal, aquilo era só um jogo... e ele apenas mais numa presa a ser colecionada como troféu para aquela “periguete”. Até que em certo momento, deixou-se levar, “- afinal o amor e a paixão são as mais doces ilusões”.
Saíam sempre às sextas às escondidas. Perceber que aquela gatinha, mesmo sendo tão mais jovem, se interessava por ele, despertou um Dom Juan adormecido. Passou a se arrumar e a gastar dinheiro com perfumes, coisa que nunca fizera antes. Flores, bombons, vinhos... Essas coisas antiquadas mas que no fundo sempre fazem sucesso com as mulheres.
Ela, que queria só brincar com aquele coração bobo, como uma gato que brinca com um novelo de lã, acabou se deixando envolver por aquele charmoso sedutor. Os garotos que conhecera iam em bando para curtir nos fins de semana, se embriagar de cerveja, ouvir som no último volume, exibicionismo apenas.
Com o professor, compartilhavam, a sós, uma garrafa de vinho, uma música suave. Sentia-se única, desejada. E ele aproveitava cada momento ao seu lado, testando-lhe as intimidades com muito cuidado, como quem testa a temperatura da água em um lago gelado, ou fervente.
À meia luz, viu quando ela tirou a roupa em sua frente pela primeira vez. Pela silhueta, percebeu a sua “coisinha”. Era tão fofa, tão delicada. Tocou-a com a mão e sentiu aquele volume, meio “inchadinha”, com o grelo saltando um pouco para fora.
“-Cada mulher é um universo completo, pensou”. E com a mesma emoção com que talvez aportassem em terras desconhecidas, os primeiros navegantes, beijou a sua boca, enquanto a mão acariciava o seu “ursinho”. Foi um beijo, molhado, apaixonado, daqueles que fazem a gente quase surtar ouvindo os estalos da língua. Molhada, aproximou sua boca do piercing que enfeitava o seu umbigo. Beijava-a na altura da cintura, quando sentiu que ela agarrava-o pelos cabelos. Começou com uma carícia, mas agora ela já lhe puxava com força e aquilo lhe dava ainda mais tesão. Seus movimentos não deixavam dúvida: ela queria ser chupada.
Atendeu ao seu desejo como um servo apaixonado enquanto um gemido rouco, sufocado ia tomando conta do quarto. Ela arqueava o corpo, pedindo mais e mais. Parou por um instante e ela surpreendeu-o comum beijo apaixonado, enlouquecido.
Penetrou-a devagar, com a mesma deferência do devoto ao entrar em lugar sagrado. “ -Afinal é exatamente: “lugar sagrado.”, pensou.



(continua...)

sábado, 8 de outubro de 2011

Pouca chuva, Muita lama




Tem uma canção tradicional gaúcha que se chama "Entrando no Bororé". Ela tenta descrever o sentimento de alguém entrando sozinho com seu cavalo em um terreno desconhecido, inóspito, sujeito a toda sorte de dificuldades imprevisíveis. Bem, poderia ser esta a trilha sonorta para esta viagem. Mas poderia ser também Riders on The Storm, do The Doors. Afinal, as duas falam de cavaleiros, mesmo que o cavalo seja de aço.



Foram estas canções de que me lembrei quando dirigia minha moto para dentro de uma negra tempestade que se formava no horizonte. Rajadas de vento cortavam a pista e balançavam a moto, tirando-lle a estabilidade. Ao longe, relâmpagos lançavam clarões sobre aquelas trevas "pré-apocalípticas".



Ousado, sigo a direção. Ir para trás, nunca... Era aniversário de 10 anos de meu filho e tinha que chegar em Rio Branco... Afinal, ele merece.



Inevitável, sou apanhado pela primeira rajada de chuva. Uma chuva fina e fria, qu não chega nem sequer a me molhar por completo. Foi como se levasse "um tapa" suave da chuva que apenas cruzou o meu camimnho, e eu, o dela. Aquilo bastou para fazer com que uma microcamada de barro na estrada se transformasse em um sabão liso e escorregadio.




Prudente, reduzo a marcha e vou gradualmente caindo a rotação e a velocidade da moto. Antes fazia cálculos: " a 90 km/h, chego em 5 horas... a 120, chego em 4:30". Agora,m o velocímetro marca parcos 13 km/h e ainda não tenho a estabilidade desejada. Acabo derrapando e lá bem a primeira queda. Uma queda de dublê é verdade. Não me machuco, mas a lama que agora enfeita o chassi e as minhas calças, me quita um pouco da auto estima...



Persistente, vou em frente após levantar a moto e descubro que o dobro de potência é o dobro de peso para levantar.



Agora sou obrigado a um esforço tremendo para tentar manter a moto em linha reta, que não quer obedecer sobre aquela lama de sabão fina. O esforço vai gradativamente minando minhas forças. Meus pés temk de ficar fora do estribo, o que aumenta ainda mais o desconforto. O ponteiro marca agora 8 km/h.



Caio uma segunda vez, e uma terceira, e quarta. A cada queda, menos força e fôlego em meus braços. O estribo se encrava na lama, dificultando ainda mais tirá-la do lugar.



Paciente, uso cada grão de minha força e percebo que a paciencia, me certos casos vale muito mais do que a força física e mesmo mais fraco e debilitado, consigo erguer a moto do chão. Afasto qualquer pensamento negativo que costuima chegar nestas horas, tipo "-porque eu fui fazer isso" "devia ter saído mais cedo" "porque não fui de avião". Tais pensamentos roubam mais da metade de nossas forças.


Caio uma quinta vez, levanto. Um carro que vinha passando para por um minuto: "- Não adianta vc ir em cima da moto, tem que ir levando ela de lado, se naõ vc não consegue". Aceito a sujestão e vou empurrando a moto, ao lado dela, usando a força do motor. A moto se move tão lentamente que o popnteiro não sai dos 0 km/h, mas eu comoemoro cada metro naquela ladeira.



Depois da ladeira, caio uma sexta-vez. Desta, a lama já é tão profunda que não consigo apoio para os pés. Meus tênis escoregam e fico de meias no meio da estrada, sem nenhuma base. Passam agricultores de uma toyota atolada, que me ajudam a levantar a moto. A chuva passou rápido, o céu se abriu e o sol tá de rachar. Não tenho mais fôlego. Decido parar um pouco na casa de um agricultor. Bebo uns dois copos de água enquanto recobro as forças. Em menos de quinze minutos os caminhões que haviam parado voltam a trafegar, deixando uma trilha segura de barro em meio a lama. Sigo na trilha por eles deixada e consigo chegar até a ponta do asfalto, depois do Jurupari. Os outros 35 km de barro, estão secos e a viagem segue sem maiores percalços. Mas levei cerca de 3 horas para cruzar um trecho de 6 km. Estou esgotado e não sei se aguento chera em Rio Branco no mesmo dia.



Paro em M. Urbano para abastecer, comer e tomar o Red Bull para o próximo trecho. O pessoal no bar me pergunta sobre a estrada:


-" Pouca chuva e muita lama, num trecho pequeno... mas a viagem fica dificil. Só que com 40 minutos de sol, a estrada secou, deu pra seguir viagem..." respondo



- "é porque não tem mais tabatinga, é só barro vermelho, se não, você ia ver só uma coisa..."


Lembro da tabatinga. É totalmnente diferente do barro vermelho. Ela vira um chiclete que adere nas rodas, correntes, nas botas e quando seca um pouco, fica ainda pior, mais aderente. Sem tabatinga, a viagem realmente se torna possível de inverno a verão. Mas é bom que se diga, não é passeio, é aventura...

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Prefeita Evangélica persegue terreiros de umbanda em São Gonçalo-RJ

A matéria é do G1

Mais um terreiro de umbanda é condenado à destruição em São Gonçalo

Era o dia da liberdade, da abolição da escravatura e, na tradição da umbanda, da festa dos pretos velhos, entidades que simbolizam os povos do cativeiro. Mas, para Cristiano Ramos Batista, de 37 anos, herdeiro de uma das mais tradicionais famílias umbandistas de São Gonçalo, 13 de maio — e, especificamente, o de 2010 — tornou-se marco da luta contra a destruição de seu patrimônio religioso.

Nessa data, a prefeita Aparecida Panisset, evangélica, assinou um decreto desapropriando o terreno onde está, há 40 anos, o Centro Espírita Umbandista Caboclo Pena de Ouro, comandado por Cristiano. No dia seguinte, a decisão foi publicada no Diário Oficial do município.

Esta semana, outro marco da religião começou a ser posto abaixo na cidade: a casa no bairro de Neves onde, há 103 anos, foi fundada a umbanda. A demolição poderia ter sido evitada com um decreto da prefeita. Nesta quarta-feira, durante o abraço simbólico ao berço da umbanda, integrantes de religiões de matriz africana denunciaram que sofrem perseguição em São Gonçalo.

— Vivemos numa cidade na qual, há oito anos, não há um governante que respeite a diversidade religiosa do povo que o elegeu — afirma a ialorixá Mãe Márcia de Oxum.

O imóvel do Centro Caboclo Pena de Ouro será demolido para a construção de uma vila olímpica. Cristiano entrou na Justiça contra a obra:

— Queremos o direito de dar continuidade ao nosso trabalho espiritual.

O terreno do Centro Espírita Umbandista Caboclo Pena de Ouro tem 23 mil metros quadrados. Cerca de 60% da propriedade são de mata atlântica, com espécies nativas preservadas. O pai de santo, batizado na religião como Cristiano de Oxalá, conta que, no último ano, funcionários da prefeitura entraram na propriedade e começaram as obras. O religioso reclama que nunca houve diálogo apesar das várias tentativas.

— Tentamos negociar para que deixem pelo menos o espaço onde são realizados os trabalhos espirituais. Estamos lutando há um ano. Já fecharam a entrada da propriedade com tapumes, invadiram o terreno para passar manilhas. Agora, as obras estão paradas porque a verba para a vila olímpica foi bloqueada pelo Ministério dos Esportes — diz o pai de santo.

O templo nasceu há 40 anos no bairro de Sacramento. Antes, estava instalado em Niterói. A história de pai Cristiano de Oxalá tem raízes no terreiro destruído anteontem no bairro de Neves.

— Meu pai foi iniciado por Mãe Vitória, que frequentava o terreiro de Zélio de Moraes — relata, referindo-se ao fundador da religião.

Além da atuação religiosa, o Centro Espírita Caboclo Pena de Ouro distribui cestas básicas nos fins de ano e cede espaço do seu terreno para professores treinarem, gratuitamente, crianças no futebol:

— Somos aceitos por toda a comunidade. Temos apoio de todos os comerciantes locais, como de outros bairros que sempre nos prestigiaram na nossa cidade.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Arte Urbana em uma cidade da floresta


Conforme prometido em postagens anteriores. segue o vídeo com o grafiteiro Thiago Tosh sobre sua arte nas ruas de Rio Branco.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Nova Onda de Protestos nos EUA


Boa parte da imprensa nacional parace fazer de conta que não existe, mas está ocorrendo uma onda de protestos nos EUA, no mesmo "nipe" das que aconteceram no mundo árabe e em Londre, ou seja,m organzida através de redes sociais pela internet.

Segue reportagem do Correio do Brasil

Mais de 700 manifestantes foram presos no Estado de Nova York, durante a jornada de protestos realizada, na véspera, em um protesto que bloqueou a ponte do Brooklyn, em NY, na 15ª jornada promovida pelo movimento Ocupar Wall Street, que mantém um acampamento no Zucotti Park, no centro de Manhattan.

A polícia alegou que não prendeu ninguém que se manteve no passeio, mas que os manifestantes foram para a estrada e assim bloquearam a ponte, o que é proibido. Mas os jovens dizem que foi a própria polícia que os conduziu e escoltou para a travessia rodoviária da ponte. Acusam, assim, a polícia de Nova York de tê-los conduzido a uma armadilha.

Os manifestantes levavam à frente um cartaz onde se podia ler “We the People” (Nós, o Povo), as primeiras palavras do preâmbulo da Constituição dos EUA. Quando começaram as prisões, os manifestantes reagiram gritando “O mundo inteiro está vendo”, em alusão ao live streaming pela Internet ligado durante o manifesto.

Em seguida, sentaram-se no chão e gritaram “Let them go!” diante de todos os jovens, alguns visivelmente menores, que estavam sendo detidos. O protesto foi totalmente pacífico.

Segundo testemunhos citados pelo diário norte-americano The New York Times, os detidos foram levados em dez veículos e libertados em seguida. Há denúncias que alguns deles foram agredidos. Todos foram algemados. Cerca de 3 mil pessoas terão participado na manifestação.

As manifestações ganhando cada vez mais peso nos EUA. Os “indignados” norte-americanos, que denunciam a injeção de dinheiro público para salvar os bancos e a corrupção do sistema financeiro, recebem a cada dia apoio público de intelectuais como Noam Chomsky, o documentarista Michael Moore ou a atriz Susan Sarandon. Houve manifestações também em Washington, São Francisco e Chicago. Já há um novo acampamento, desta vez em Boston, no Parque Dewey.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Rock n' Roll



A galera que se vidra nestas bandas que tocaram no Rock n' Rio neste ano, muitas vezes acham que o Rock começou com o Gun n' Roses. Hoje, dando uma garimpada no You Tube, consegui pescar algumas perolas que contam um pouco da história do Rock. Entre elas, por exemplo, The Cult, uma banda que nos anos 80 antecipou um pouco o que o Guns n' Roses ia fazer nos anos 90.
agora grande sacada mesmo são estes caras do MC 5 (Motor City 5).
Trata-se de uma banda de Detroit ("Motor City") que ainda no final dos anos 60, quando a galera ainda tava naquela onda meio hippie lisérgica, anteciparam o estilo de rock cru que deu origem mais tarde ao hard core e ao punk rock, só que com muito mais swing. Uma banda quase desconhecida, mas que influenciou enormemente a história do Rock, pra quem gosta do artigo, tem que conhecer.

Agora, impagável mesmo foi ver o "lobo " Jonh Kay, interpretando a legendária "Born to Be Wild", já coroa em 2006, com a canção que foi ícone do motociclistas de todo mundo e imortalizada no filme "Sem Destino" (Easy Rider) . O coroa deve tá beirando os 60, mas tá mais em forma que o Axel Rose. Bem, assista ao vídeo e tire suas conclusões.

sábado, 1 de outubro de 2011

Mais uma vez, BR


Viajei mais uma vez pela BR 364, a 4ª vez somente neste ano. Saí de RBR às 6:30 da manhã e cheguei 5:30 da tarde em CZS. Minhas paradas em Feijó (parta almoço) e na UGAI do Acuráua (para tomar um banho, estava morrendo de sono) somaram 1:30. O que significa, em tese que é possível fazer o trajeto RBR - CZS em aproximadamente 9:30 hs. Em tese, pois não há bunda que agüente...

Mais uma vez pude constatar que no trecho da ETAM a movimentação de máquinas é mais intensa, enquanto no da Construmil, a atividade é bem menor, segundo funcionários, por conta de que o trecho da empresa está mais isolado e a dificuldade de movimentação de máquinas, no período em que as chuvas já começam a se intensificar, é maior.

As pontes estão totalmente prontas ainda que não passei por cima da ponte do Jurupari, pois as máquinas trabalhavam na sua cabeceira.

Com a ponte do Envira concluída, o tempo da viagem diminuiu, para motocicleta, cerca de 30 min. Para caminhões, o tempo de ganho com a ponte é ainda maior.

Outro trecho em obras, a recuperação dos 20 Km da entrada de Tarauacá (vindo de CZS) tb está bem avançado. Nos meus cálculos, faltam 6 km para serem concluídos.

Muita gente me pergunta se será realmente possível manter a estrada aberta de inverno a verão. Procuro ser o mais realista possível, até por que, não sendo engenheiro, é dificil dar uma opinião segura. Mas o fato é que com as pontes todas concluídas, o problema da travessia dos rios durante o inverno está dimensionado. Também pode-se dizer que prativcamente não há mais tabatinga a ser removida, o que significa um problema a menos. Por outro lado, quando chegarem as chuvas intensas, a estrada terá de ser fechada sob a ameaça de ser perdido todo o trabalho feito durante o verão. Ainda assim, mesmo no inverno, temos pequenos "veranicos" de 7 ou até 15 dia, em que a estrada poderria ser reaberta. Veremos, mas o fato é que falta muito pouco para a conclusão da BR.