quarta-feira, 30 de novembro de 2011

“Deus também é feminino”


Em entrevista exclusiva, secretária estadual da mulher, Concita Maia fala sobre a agressão ao feminino em todos os níveis


Leandro Altheman


Concita Maia, secretaria da mulher esteve em Cruzeiro do Sul para o lançamento da campanha mundial de enfrentamento à violência contra a mulher. A campanha acontece entre os dias 25/11 a 10/12 e tem a adesão de 159 países. Durante a entrevista, Concita mostrou os dados alarmantes das agressões à mulher em Cruzeiro do Sul, falou sobre a participação dos homens na estratégia de enfrentamento, a redefinição do papel do homem na sociedade e da redescoberta do principio feminino da divindade.


Confira alguns trechos da entrevista:


Quais são os índices das agressões em Cruzeiro do Sul?


Os índices são perversos, somente no primeiro semestre de 2011, foram notificados 79 casos de violência sexual, estupros consumados, e essa é só a ponta do iceberg.


Em que medida, o agressor também é uma vítima?


O agressor também é uma vitima de um processo educativo em que ele tem de exercer um papel de dominador enquanto a mulher é obrigada a um papel de subserviência.Temos que fazer os ajustes necessário para uma sociedade, mais saudável, mais harmoniosa.


É necessária uma redefinição do papel do homem na sociedade?


Sem dúvida. É colocado um peso muito grande sobre as costas do homem, em que somente ele tem de ser o provedor, em que ele não pode demonstra suas emoções : “homem não chora”. Eu tenho dó do que a sociedade fez com os homens. Estamos em uma era de mutação. Os homens precisam redescobrir sua docilidade, sem que isso o faça se sentir menos masculino.


Em sociedades antigas, haviam divindades femininas. A supressão do princípio feminino do divino contribui para uma sociedade machista?


A espiritualidade interfere nas relações sociais. Esta supremacia do divino masculino sobre o divino feminino faz com que nossa sociedade aqui na Terra, reproduza isso. Há uma valoração do masculino em detrimento do feminino. É preciso lembrar que “Deus também é feminino”.


A agressão à natureza que vivemos hoje, também é uma agressão ao feminino?


Tudo o que fizermos à Mãe Terra estaremos agredindo ao princípio feminino que existe na Terra, na Gaia, no nosso planeta.


Assista ao Vídeo

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

"Muitos são os caminhos que levam a Deus" - Entrevista com o Advogado criminalista Sanderson Moura


Tive a grata oportunidade de entrevistar nesta semana o advogado criminalista Sanderson Moura que está lançando o seu segundo livro: Habeas Spiritus.
Sanderson ficou famoso ao fazer a defesa de Hildebrando Pasqual e mais recentemente do caso Pinté. Durante a entrevista o advogado falou sobre a defesa dos princípios democráticos através do exercício da advocacia e da garantia do amplo direito de defesa dos acusados. Sanderson disse ter buscado nas mais variadas fontes espiritualistas, inspiração para fortalecer os valores internos diante do desafio de representar acusados em que a opinião pública movia-se no sentido de uma condenação sumária.
O livro Habeas Spiritus traqz uma coletânea de pensamentos que bebem na fonte do sufismo, da teosofia, Osho Rajnish, zen-budismo, e a Bíblia, entre outros.

Sanderson falou ainda sobre o uso político da religiosidade, que tem se tornado tão patente nos últimos dias, a laicidade do estado e o fanatismo religioso.

Assita ao vídeo:Advogado Sanderson Moura defende a universalidade do espírito

"Muitos são os caminhos que levam a Deus. Porque se Ele é grande, Ele é imenso, Ele é universal. E se Ele é universal não pode ter deixado apena um caminho para as pessoas. Se as pessoas são diferentes elas tem tb formas de encontar caminhos diferentes que levam a Deus"

O endereço de seu blog é http://sandersonmoura.blogspot.com/

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Até os Anjos Cairão

Virou uma verdadeira febre na blogosfera especialmente entre evangélicos e apocalípticos em geral, a nova propaganda da Axe -"Até os Anjos Cairão".

Os blogs dizem trata-se de uma campanha subliminar supostamente "satanista".

Bem, vou desmitificar o assunto tratando-o de outra maneira.
Não existe no caso, campanha subliminar, simplesmente porque a referência é totalmente explicita.
Campanha subliminar consiste em transmitir uma idéia de maneira sub-reptícia, diretamente ao sub-consciente, sem que passe pelo julgamento consciente. Um exemplo clássico é inserir imagens em uma velocidade tão rápida que não podem ser percebidas: "Beba Coca Cola", por exemplo, que segundo alguns estudos controversos, causaria na pessoa que assiste uma súbita vontade de beber Coca-Cola, sem que a pessoa saiba ao certo porque. É sobretudo um procedimento desonesto, se é que surte efeito de fato.

No caso da propaganda da Axe, a mente já está preparada para a mensagem de "anjos caídos" com todo o contexto simbólico e cultural que ele traz consigo, enriquecido, de maneira brilhante, diga-se por sinal, pelos publicitários que escreveram a peça. Pode-se até fazer a crítica de que seja uma mensagem contrária às escrituras, até por que umas "anjas caídas " daquelas fazem a gente pensar duas vezes se o melhor mesmo é ir pro céu (eu prefiro as morenas).
Mas não existe procedimento desonesto neste caso, a mensagem é clara, direta e objetiva, não tem nada de subliminar.

Ministério Público denuncia Vagner Sales por improbidade administrativa

As informações são do site do MP/AC

A Ação Civil é do promotor de Justiça Rodrigo Fontoura de Carvalho, que detectou irregularidades na contratação de Jonathan Xavier Donadoni para o cargo de Procurador-Geral da prefeitura de Cruzeiro do Sul, à época lotado na Defensoria Pública do Estado.

Conforme o MPE, a conduta “violou claramente a Constituição Federal, a Constituição Acreana, a Lei Complementar n.158/2006 e os princípios administrativos que devem preponderar na Administração Pública”.

Como consta na ação, o caso foi classificado como uma aberração administrativa, tendo em vista que o servidor público passou a acumular ilegalmente cargos incompatíveis entre si, lesando o interesse público e frustrando a confiança da coletividade.

Jonathan Xavier foi nomeado para o cargo de Procurador-Geral em 2009, com efeito retroativo a 05 de janeiro, sendo exonerado em maio do mesmo ano.

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) instaurou processo para investigar o caso, e concluiu em seu relatório, que a contratação foi irregular, já que membros da Defensoria Pública estão proibidos de exercer a advocacia. O prefeito e o ex-procurador foram condenados.

O promotor Rodrigo Fontoura de Carvalho requer a perda da função pública do prefeito Wagner Sales, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa de até cem vezes o valor da remuneração paga indevidamente, além da proibição pelo prazo de três anos de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário.

As mesmas sanções deverão ser aplicadas a Jonathan Xavier Donadoni, como prevê a Lei de Improbidade Administrativa.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Sobre a sucessão municipal


Uma das coisas que mais me entristece na política é quando o debate se torna muito acirrado entre os aliados do mesmo campo político. Quando este debate ainda se dá por conta de diferenças ideológicas e programáticas, ainda vá lá. Mas quando resvala para um acotovelamento puro e simples para ver quem chega na frente da disputa, o projeto como um todo sai perdendo.

A sucessão municipal deveria ser, antes de tudo, a discussão de um novo projeto de Cruzeiro do Sul. Ouço todos os dias o clamor das ruas que espera por mudanças, não apenas dos nomes que governam a cidade, mas da forma de governar. Cruzeiro do Sul tem à sua frente uma oportunidade de crescer com planejamento, "surfando" na onda de desenvolvimento que está chegando aqui de maneira relativamente suave. Em outros lugares o desenvolvimento chegou como uma "tsunami" destruindo muito do que havia de bom e positivo nas relações de solidariedade e aliança que existiam entre as familias e vizinhanças de um mesmo bairro, por exemplo. Rio Branco é um pouco reflexo deste tipo de "avalanche" que relegou a antiga cultura da cidade ao subterrâneo.

Nunca fiz segredo de minha contrariedade da atual adminstração. Mas sei separar as coisas. Não é uma questão pessoal e nem mesmo partidária que me faz contrário a adminstração do prefeito Vagner Sales. É uma questão de visão. Respeito a sua figura pública e até lhe admiro em certas qualidades. ("Quem não for capaz de reconhecer as qualidades do adversário já perdeu a batalha antes de começar" - Sun Tzu). Mas não acredito que Vagner seja capaz de enxergar Cruzeiro do Sul com olhos novos. Nada pessoal.

Por isso desejo muito uma mudança no cenário de Cruzeiro do Sul. Não apenas uma mudança nos nomes que governam a cidade. Mas uma mudança profunda, que coloque Cruzeiro do Sul em um caminho de desenvolvimento que se traduza em qualidade de vida para sua população. Para esta e geração e as vindouras. Não gostaria de ver Cruzeiro do Sul transformado em um paraíso para poucos ricos ennquanto o conjunto da população permanece sem acesso à saneamento básico. Não gostaria de ver em Cruzeiro do Sul, um lugar onde o poder do dinheiro determina a ocupação do espaço público acabando com as poucas áreas verdes e de lazer de que ainda dispomos. Não gostaria de ver nosso muitos igarapés transformados em esgoto a céu aberto, como o Ig. São Francisco em Rio Branco. Não gostaria de ver uma cidade onde o automóvel toma conta do espaço público e as pessoas, pedestres, não tem aonde se movimentar.

Ao invfés de imitar modelos falidos de outras cidades, podemos fazer de Cruzeiro do Sul uma cidade modelo em vários aspectos, mas nenhum político é capaz de fazer isso sozinho. Por isso, na verdade qual o nome vai disputar as eleições contra Vagner, é o menos importante. Mais importante tem que de ser o projeto, construído junto com a população.

Dos três nomes apresentados pela FPA, todos são, ao meu ponto de vista, altamente qualificados. Zequinha Lima, por estar já há algum tempo fazendo oposição à forma de governar a municipalidade. Conhece bem CZS e seus problemas. Tem histórico de luta pelas classes trabalhadoras e bom trânsito entre parte do empresariado.

Marcelo Siqueira, apesar de jovem, tem constrído uma candidatura através do diálogo com os setores da sociedade que mais almejam a mudança. Só a sua coragem em botar seu nome 'a disposição já seria digno de apreciação.

Henrique Afonso foi entre os parlamentares acreanos um dos que mais trabalhou para Cruzeiro do Sul. A Universidade da Floresta, CEFLORA e CAPS são algumas das ações do parlamentar que ajudaram a mudar a cara e o status da região.

Teríamos ainda um quarto nome, César Messias, mas como o próprio, diferente dos demais, ainda não colocou o nome como pré-candidato, não podemos contar que ele venha a sê-lo.

Somado, o capital político de todos os pré-candidatos não é nada desprezível para enfrentar o desafio das próximas eleições, dividido, talvez faça Vagner morrer, de rir. Ou talvez, não façam nem cócegas.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Palhaços sagrados: Os Heyoca

Em nossa cultura ocidental o riso e a garagalhada esã colocados e um plano totalmente diferente daquele que é divinizado u sacraizado. è sobre esta discussão que versa o beissimo livro e filme, "O nome da Rosa". No xamanismo lakota, foi-se mito além, criando-se figura dos Heyoca qu nada mais são do que plahaços sagrados ou palhaços espirituais. O texto abaixo, foi exraído do site

xamanismo.com.br

Uma maneira de nativa de ser, uma maneira nativo americana de curar é a Medicina Heyoka. Um Heyoka é um quem faz coisas ao contrário ou oposto. É o xamã dos contrários.

A idéia que Heyoka é um palhaço sagrado,vem do comportamento oposto; que é parte da sua medicina de Heyoka., para lembrar-nos que nós somos seres meramente humanos e para não nos tornarmos demasiado sérios, para não imaginar que somos mais poderosos do que somos realmente, lembrando nos que é no espírito que está todo o poder.

Para os lakotas, Wakinyan é primeiro Ser Trovão e é chamado também de Pássaro-Trovão.

Wakinyan representa também limpeza e quando Wakinyan voa sobre a terra no momento das tempestades limpa a terra de modo que as nações plantas possam viver para sempre.

A Direção de Wakinyan está no oeste e é feito do cedro. E Wakinyan instruiu a queimar o cedro durante as tempestades porque o fumo de cedro ardente limpa a área ende é queimado . Assim quando Wakinyan voa sobre as casas, s será favoràvel aquelas casas que queimam o cedro como limpeza.

Quando uma pessoa sonha e tem visões do trovão e do relâmpago, essa pessoa pode transformar-se em Heyoka, que faz tudo ao contrário, que faz com que as pessoas riam. Assim como o relâmpago ilumina a terra, um Heyoka traz um raio para diminuir o peso daqueles que estão deprimidos, doentes, sózinhos, etc..

Somente aqueles que tiveram visões dos seres trovão do oeste podem agir como heyokas. Têm o poder sagrado e compartilham com todas as pessoas, com ações engraçadas. Quando uma visão vem dos seres do trovão do oeste, vem com o terror como uma tempestade; mas quando a tempestade passa, o mundo é mais verde e mais feliz; por onde quer que venha a visão da verdade , é como uma chuva. Vemos o mundo mais felizes após o terror da tempestade.

img

Mas na cerimônia do heyoka, tudo fica para trás, e planeja-se que as pessoas primeiramente fiquem alegres e felizes, de modo que possa ser mais fácil receber o poder que chega. Parte da observação é de que a verdade vem neste mundo com duas caras. Uma é triste com o sofrer, e a outra ri; mas é a mesma cara, rindo ou chorando.

Quando as pessoas estão desesperadas, talvez a cara rir seja melhor para ela; e quando sentem-se demasiado bons e são demasiadamente seguros, talvez a cara chorar seja melhor .

O heyokah é uma palavra Lakota (Sioux) para se referir a um tipo de xamã bem especial, o "Tolo Sagrado". A tradição narra que um heyokah é aquele que "sonhou com os espíritos do trovão." Este sonho traz um grande poder ao xamã, pois considera-se que ele recebem um dom especial para lidar com as tempestades. Para lidar com esse poder, este xamã, se transforma num “contrário

O heyokah tem uma força de vida própria, emergente dos espíritos-trovão que sonha. Essa força de manifestação inclui a capacidade de lidar com as tempestades e poder de cura. Ele é um professor muito sábio e poderoso , o ato de ser contrário ensina sobre nós mesmos, espelhando as nossas dúvidas, medos, mágoas, fraquezas e etc. Força-nos a examinar o que nós somos realmente, e nos faz rir com isso. Alivia dores com risos.

Um Heyokah leva as pessoas a fazerem um exame da vida. Li num artigo, que quando as pessoas estavam com fome e não havia nenhum alimento, o Heyokah, sentava-se em volta, incentivando as pessoas a não comerem mais, que seria muito melhor viver sem comer. Elas riam de tanta tolice e esqueciam da fome.

É considerado o "palhaço sagrado, o malicioso, o contador de histórias, e seu papel é mostrar o absurdo na comunidade. Ele ilumina a realidade por assumir o oposto. São partes fundamentais nos rituais do Sundance (Dança do Sol). Eles se secam antes de banharem-se, dançam para trás, aparecem despidos no inverno e com roupas no verão.

Eles também ensinam pelo desequilíbrio, pelos maus exemplos. Têm muitos papéis e funções. Primeiramente é preparar os povos para adversidades, catástrofes. Outro papel é mostrar a medicina preventiva, e pode incluir bons hábitos de comer e saúde. Agem de forma ridícula, obscena, cômica, especialmente em cerimônias religiosas. Vestem-se de forma bizarra, pondo roupas ao contrário, com vários artigos sagrados. Geralmente ele é liberado do cotidiano da tribo, portanto, não se casa e nem tem filhos, não participa dos trabalhos .

O heyokah é um tolo sagrado, xamânico, poderoso. Monta um cavalo por trás, caminha com as mãos, veste a roupa de dentro para fora, fala uma língua de trás para diante. Ele projecciona espíritos da perversidade e do caos, como uma entidade divina, na figura do tolo, do malicioso, do louco, do contador de histórias sagrado. Ele choca a consciência da tribo. É reverenciado e temido, é um personagem hermafrodita, pois tem dentro de si, o encontro da medicina do homem e da mulher

Em Imaginação Mítica, Stephen Larsen afirma que "não podemos desejar nada de nós mesmos sem criar uma sombra ". E prossegue : " O papel dos contrários, como a sociedade heyokah dos Sioux, é o de lembrar constantemente o absurdo de todo o comportamento humano. Se a totalidade da tribo sai correndo da cidade, o heyokah estará ao contrário no seu cavalo ou seguindo na direção oposta. Ele dorme de dia, levanta-se à noite, anda em contrário em volta da tenda cerimonial. O heyokah presta atenção nos jogos de palavras e lapsos freudianos e age segundo o significado não premeditado. A palavra heyokah é, na verdade, uma inversão do conhecido grito de guerra dos índios plain hokah-hey ( refere-se ao triunfo sobre os inimigos),

Os membros desta curiosa fraternidade são escolhidos não pela sua vontade pessoal, ou pela vontade do grupo, mas pelo raio ! Dois grande visionários Sioux, o Alce Negro e o Gamo Manco, eram heyokah.

Quando John Neihardt, e mais tarde Joseph Epes Brow, o conheceram, o Alce Negro estava quase cego. Ele contou a Brown que isso ocorreu numa brincadeira em que estava literalmente tentando representar uma profecia na qual a terra se levantaria.

O Alce Negro tinha feito uma trilha de pólvora sob o chão da tenda cerimonial. podemos achar que ele foi longe demais, mas os palhaços da tribo sioux acreditavam ter uma injunção sobrenatural - daqueles maravilhosos seres míticos, o pássaro-trovão - para fazer essas brincadeiras com a maior freqüência possível. o Gamo Manco disse:

É muito simples tornar-se um Heyokah. Basta sonhar com o raio, os pássaros do trovão. Faça isso, e ao acordar pela manhã você é um heyokah. Nada pode fazer quanto a isso.(...) Depois daquele sonho, ao levantar pela manhã, ouvi imediatamente um barulho no chão, debaixo dos meus pés, o ronco do trovão. eu sabia que antes do final do dia o raio viria e me atingiria, a menos que eu representasse o sonho.

O que se deve representar inicialmente é, em geral, algo vergonhoso, pessoal e íntimo, mas o raio não pode ser dissuadido

domingo, 20 de novembro de 2011

Bicadas


- Ibama: ruim com ele pior sem ele.

O fechamento do escritório do Ibama em CZS deixou muita gente feliz com certeza, mas sem um órgãos fiscalizador podermos ter problemas em breve se as pessoas começaram a fazer do jeito que querem. mandar fiscais de RBR não vai dar certo, como nunca deu em nenhuma área. O problema é que a política ambiental sempre foi impopular, porque sempre foi imposta de cima para baixo. A política ambiental tem que ser construída coletivamente com base em um único argumento: o planeta é um só, compartilhamos os mesmos recursos naturais. É uma questão de bom senso e chegaremos a um denominador comum. Tenho fé na humanidade.

- Cobre de Palha

Quem me conhece sabe que sou do tipo "perco o amigo, mas não a piada" e uma brincadeira no face com o vereador Paulo Soriano acabou se tornando mais polêmica do que imaginei. Na postagem o nobre vereador dizia que estaria lutando por recursos para conseguir ar condicionado para as salas de aula da UFAC. Sugeri, em tom de brincadeira, que cobrisse de palha, pois ficava mais barato. Estou vivendo em Rio Branco e houve mês que a conta de luz veio em torno de 300 reais por conta do ar condicionado. Ora, isso é insustentável até do ponto de vista econômico, o que se dirá do ambiental. Não significa que seja contra a ação do parlamentar que também é aluno da UFAC e está lutando por uma demanda coletiva. Aliás só o tenho a parabenizar pela ação.
Mas já é hora, de os estudantes começarem a pensar coletivamente o mundo em que vivemos. O campus Floresta foi criado com este objetivo. Se for para repetir o mesmo modelo "de fora" não seremos mais do que uma faculdade de qualidade duvidosa lutando para não ter cursos fechados pelo MEC por avaliação insuficiente ou arriscar ir além e apostar em algo inovador e se tornar uma referência mundial.

Claro que para isso terão de vencer a estrutura arcaica da universidade que ainda parece viver no século XIX. (Com todo respeito a professores e coordenadores, estou questionado a estrutura acadêmica e não o vosso trabalho).

Resta saber qual é a pretensão dos estudantes: se é apenas se preparar para o mercado de trabalho (mercado que corre o risco de nem estar aqui daqui a algumas décadas) ou se é para fazer a diferença na construção de um futuro melhor.

Foi só uma brincadeira, mas para chamar atenção para algo sério. Cobrir de palha parece loucura, mas não é. Só é preciso repensar as próximas estruturas. Existem muitos modelos de arquitetura sustentável que aproveitam luz e calor naturais diminuindo os gastos com energia elétrica. Não é coisa "de outro mundo".

- Autonomia X Integração

Tô começando a duvidar que a partir da abertura da BR o empresariado de Rio Branco possa fazer a diferença em CZS. Isto porque conversei com o próprio Araújo que disse não ter interesse em investir em CZS neste momento e que seu objetivo é se consolidar em Porto Velho. Creio que o pensamento de Araújo reflete muito do pensamento do empresariado e da sociedade riobranquense, que tem os olhos voltados para fora do estado e não para dentro.

Bem, o Brasil sempre padeceu deste mal, tentando imitar Nova Yorque, Londres e Paris. Tá mudando de uns tempos para cá, ainda que tenha muita gente que se espelhe nisso para construir suas referências. O problema é que lá no olho do furacão, no centro do capitalismo, as pessoas estão questionando este modelo, e sem referência, buscando outros modelos, simplesmente porque ele não traz felicidade. Vide Occupy Wall Street.

Continuo apostando na gente aqui do Juruá mesmo. Fazendo o que sempre fez, enfrentando as dificuldades e re-criando o universo neste mundinho tão gostoso que é esse pedaço de chão. Precisamos é de autonomia para nossas decisões. Não estou falando da criação de um novo estado (totalmente inviável neste momento), mas capacidade de decisão para os órgãos de governo e mais do que isso, fóruns e comissões populares para decidir a política. E um consorcio entre os municípios do Acre e Amazonas do Juruá para otimizar as ações de saúde, segurança, educação e meio ambiente.

A universidade passa por esta discussão também. Quem quer continuar se sujeitando à reitoria de RBR que já mostrou que não tá nem aí para o Juruá. Os "provincianos" não são prioridade. Até para conseguir um ar condicionado tem que buscar recurso em Brasilia. E fica tudo travado lá em RBR : restaurante universitário, internet e etc. Mas se os estudantes ficarem em suas salas não vão conseguir nada. Ou vão ficar esperando pela classe política? Quem sabe faz a hora não espera acontecer. Pras ruas galera!

Aposta arriscada

Gente que conhece do assunto está muito feliz com a aposta que o governo está fazendo na piscicultura para a região. Menor impacto ambiental, produto com mercado garantido e possibilidade de crescimento da atividade, além da vocação da região para as águas. No entanto, a falta de um engenheiro de pesca pode por em risco todo investimento.




sábado, 19 de novembro de 2011

A civilização da escada rolante e da esteira elétrica


Nesta semana, lideranças indígenas estiveram reunidas em Cruzeiro do Sul para debater as consquências do atual modelo de desenvolvimento nas comunidades tradicionais.

O assunto é recebido com toda antipatia possível da sociedade cruzeirense, uma sociedade que desenvolve-se na perfieria do sistema capitalista e deseja sobretudo os frutos pretensamente saborosos do falado desenvolvimento.



Ora, quem são esta meia duzia de índios mestiços com seus cocares fajutos para questionar o desenvolvimento?


A questão é que as maiores cróiticas ao atual sistema de desenvolvimento não parte das lideranças indíegans, mas exatamente do olho do furacão do sistema capitalista. Occupy Wall Street. Milhares de pessoas ocuparam a praça em frente da Bolsa de Valores de Nova Yorque para protestar contra o atual sistema capitalista, simplesmente porque ele dá sinais claros de esgotamento.

O atual crescimento econômico é baseado em uma falácia. É o estímulo a um consumismo desenfreado que não pode ser sustentado pelo planeta. Se cada cidadão do mundo consumisse o mesmo que um cidadão estadunidense, precisariamos de cinco planetas Terra. Mas o fato é que temos só um.

O Brasil ganha fôlego no seu crescimento econômico simplesmente porque parte significativa da população estava fora do mercado de consumo e a partir da política de distriubuição de renda do Governo Lula, passou a ter acesso ao mercado de automóveis, eletrodomésticos, roupas e calçados, etc. Aquecendo a economia e o mercado interno do país. Isso é ótimo, é maravilhoso poder ver as pessoas vivendo dignamente. Mas o sistema tem limites e épreciso ter clareza deles.

As cidades já não comportam a quantidade de automóveis, mas eles continuam a ser produzidos em larga escala e são um importante fator gerador de emprego e renda no país. Mais automóveis significam mais combustíveis, mais poluentes lançados no ar, mais aquecimento global. Significam também mais avenidas, pontes, viadutos, rodovias. Que fazem girar a roda da economia, construtoras, caixas 2, eleições e políticos que já iniciam seus mandatos comprometidos com este sistema. Por outro lado as pessoas vão perdendo espaço para o automóvel nos grandes centros. Alguém já falou que se fossemos vitidaos por uma civilização extraterrestres, veriam a humanidade como escravos do automóvel. Vivemos para eles: os alimentamos e furamos a terra em busca de mais alimento, construímos cidades inteiras, de avenidas a estacionamentos e trabalhamos para pagar os seus gastos.

Mas nada define tão bem a nossa sociedade quanto o paradoxo das escadas rolantes e da esteieiras elétricas:

A sociedade cria todo tipo de conforto e segurança, gasta-se energia elétrica para se movimentar escadas rolantes e poupar as pessoas de gastarem suas própria energia. Aí elas se tornam gordas e sedentárias e tem que gastar suas energias em esteiras elétricas para se movimentarem sem sair do lugar o que demanda mais energia elétrica. Não seria melhor ter uma vida mais simples, que a gente pudesse se movimentar?

E depois ainda são os índios que são os preguiçosos!

Assista ao lado o vídeo: A História das Coisas

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

A verdade por trás da "unanimidade"


Acabo de retornar de uma manifestação popular na rua Joaquim Távora bairro do Cruzeirinho.Os moradores protestam contra a inércia da prefeitura em solucionbar um simples problema de uma rua. Mas o que se nota é que a revolta da população não é tanto pela rua em si, mas pela maneira com que o problema vem sendo tratado pela prefeitura. "Quando é para pedir voto, ele sempre vem aqui, mas agora, nem para dar uma resposta ele aparece". Disseram diante das câmeras os moradores revoltados.

O que se nota na verdade é uma insatisfação geral do povo de Cruzeiro do Sul com o prefeito Vagner Sales. Vagner tem ao seu lado, uma forte cabo eleitoral. O nome é Zila Bezerra. Sua adminsitração foi tão desastrosa e o abandono da cidade foi tão evidente que a simples presença dele na cidade, fazendo o feijão-com-arroz, já lhe confere grande vantagem. O problema é que fazer o "feijão-com-arroz" não dá conta mais de uma cidade que está crescendo sem nenhum planejamento e não consegue dar conta dos desafios que começam a surgir a partir do desenvolvimento.

Mas Vagner Sales tem também um grande adversário. O nome dele é Vagner Sales . Sua figura política já se mostra bastante desgastada inclusive entre as pessoas que foram o seu eleitorado histórico. Pessoas de baixa renda que dependeram das suas ações paternalistas, já começam a perceber que fizeram mal negócio ao trocar o voto por favores. Para a próxima eleição é bom pensar outra estratégia, pois o povo faz a leitura de que o favor já foi pago.

No entanto, Vagner foi um bom estrategista e isso é inegável. Ao pagar a imprensa da capital (AC 24 Horas e Tribuna, além do favorecimento político que obtém com a Gazeta, ligado ao seu aliado Flaviano Melo) Vagner conseguiu desarticular a FPA para as próximas eleições municipais em CZS. Grandes Caciques da FPA em RBR até hoje ainda acreditam que ele é "imbatível" e que portanto não vale a pena investir na sucessão em CZS.

Mais um desserviço que a imprensa da capital comete contra Cruzeiro do Sul. Por uns trocos a mais no final do mês, podem ter vendido barato a promessa de um futuro melhor que poderíamos ter com uma municipalidade que pudesse atender aos desafios da nova Cruzeiro do Sul que começa a surgir, principalmente, a partir da conclusão da BR 364.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Marcha contra a Corrupção

Cenas da Marcha contra a corrupção ocorrida nesta terça-feira, no centro de Rio Branco.

A marcha foi organizada por estudantes universitários e secundaristas a partir da internet (facebook) através do grupo #nas ruas.

O grupo virtual organizou a marcha ontem em todo país, e o Acre aderiu à data. Apesar da pequena presença os estudantes não perderam o entusiasmo e apresentaram pautas claras e objetivas como a aprovação da lei da ficha limpa até 2012, o fim do nepotismo e a aplicação de 10% do PIB e 50% do Pré-Sal na Educação.

Estudantes Rechaçam partidarização do movimento

Isadora Parreira, estudante universitária e uma das organizadoras do movimento disse que o carro de som foi contratado através de uma cota entre os próprios estudantes pois não quiseram nenhum a tipo de apoio de políticos ou partidos ao movimento.

Houve quem quisesse pegar carona e partidarizar o movimento como o açogueiro "Birica" que escreveu seus próprios cartazes contra o PT.

Como uma verdadeiro "papagaio de pirata", Birica, que segundo me disseram é militante do "Movimento Corno" de Rio Branco, tentou obter espaço na mídia postando-se atrás dos entrevistados. acabou sendo escorraçado por uma jovem de 17 anos e 1.50 de altura, estudante secundarista que como o restante dos estudantes
sabe diferenciar a questão partidária, da pauta reivindicatória ampla e popular do movimento.

"Sabemos que a corrupção surgiu no Brasil Colônia, não dá para atribuir a partido A ou B. Queremos o fim da corrpução independente em que partido seja"

Professores universitários também aparticiparam da manifestação que identifica-se com os movimentos globais de organização em rede como a Primavera Árabe, o Occupy Wall Strett e o Annonymous.
Lhé, militante veterano dos movimentos sociais no Acre, também prestou sua colaboração ao movimento participando da passeata.

O grupo remarcou uma nova manifestação para o dia 22 de novembro quando esparam reunir um número maior de pessoas.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

O fenômeno "cai-cai" pentecostal sob um ponto de vista espiritualista-xamânico


Não costumo realmente emitir juízos de valores sobre o que acontece ou deixa de acontecer dentro de qualquer doutrina religiosa. A espiritualidade é algo muito íntimo e sempre digno de respeito, ainda que aos nossos olhos humanos possam parecer estranhos. Por isso, por mais que me pareça estranho e "ridículo" como descreveu arrependido o próprio difusor deste fenômeno, Paul Gowdy, minha tendência como espiritualista é de respeitar o fenômeno de nominado "pentecostalismo" e "neo-pentecostalismo".

E como o assunto foi jogado no ventilador pela própria comunidade evangélica e extrapolando o âmbito religioso vou dar uma "ventilada" no assunto (como diria meu maestro Shipibo, Dom Miguel "hay que ventilar").

Os vídeos veiculados na Rede Record trazem cenas espetaculares de pessoas caindo, se arrastando no chão como animais, outras rindo descontroladamente. Uma particularmente eu adorei, que foi de uma mulher da sociedade, uma senhora de respeito, toda cheia de jóias, uivando como um lobo. (Pensei logo. Ah! essa é da minha tribo!).

E agora, vem o julgamento das pessoas, do próprio seio da comunidade evangélica:

- "Isso é não é coisa de Deus, é do demônio!"

A indagação que se faz é se o espírito santo poderia levar as pessoas a um estado "degradante".

Bem, aí vou usar não a bíblia, mas meus conhecimentos espiritualistas e xamânicos e responder a questão.

O primeiro ponto é que se "algo" se manifesta, é por que foi tocado pelo espírito. Mesmo que seja o espírito de um lobo, tem que haver o "toque" do espírito que eles denominam de "Santo", ou seja, o toque do sopro primordial de Deus. Sem este "ar" nada vive, nada existe.

Se este algo que se manifesta possui "aparência" degradante ou ridícula, o mal está nos olhos de quem vê, e não na manifestação. O julgamento humano é que é limitado para as coisas divinas. "Degradante" é um julgamento com base no meio cultural e social, não tem nada a ver com o divino.

Segundo ponto é que todo espiritualista sabe que uma mesma pessoa pode manifestar o espírito em diferentes graus de evolução ou vibração. Dos mais baixos aos mais elevados. Sabe-se também que os de mais baixa vibração, são justamente os que mais necessitam de luz e amor e é isso que vêem receber.

O que nossos irmãos pentecostais desconhecem é que em um terreiro de umbanda ou candomblé, existe um ordenamento para estas manifestações de modo que elas não se tornam caóticas como as imagens que foram mostradas.

Vale a pena mencionar que a origem do nome que virou moda. "Gospel" vem de God Spell , sendo que Spell significa feitiço ou encantamento e como já mencionei, foi um fenômen
o cultural do sul dos EUA que trouxe os negros que ainda trazia suas raízes africanas do "Vodum" (cujo significado original é "Senhor" e é outra palavra possível para Orixá). O resultado foi uma música vibrante que toca as almas e corações mais empedernidos- algo belo e digno de admiração.

Por isso, não chega a ser totalmente falso, ainda que simplista, quando algumas denominações evangélicas acusam os pentecostais de "macumbeiros". Ocorre que o candomblé, ou "vodum" é uma tradição muito antiga e tem meios seguros e eficazes de conduzir as manifestações.
O problema todo está no julgamento, na intolerância e na falta de respeito que começa agora a voltar-se contra os seus.

Durante 30 anos no Brasil, os evangélicos criaram uma campanha brutal contra o espiritismo, fosse ele kardecista ou umbandista, contra as tradições afro e as diferentes formas de magia.

Campanha também contra o catolicismo popular, atacando a devoção a
os santos e à Virgem Maria.

Isto tudo não passou de estratégia de marketing. Não tem nada a ver com Deus ou espiritualidade. E agora, do mesmo jeito, a IURD se sente ameaçada pelas demais seitas pentecostais e faz o que sempre soube fazer: ataca.Motivação: reserva de mercado de fiéis.

Sobre o Demônio

Alguns patifes que gostam de declarar como "coisa do demônio" as manifestações dos outros deveriam pelo menos se dar trabalho a entender o que é demônio. Vou explicar d
e novo. Demônio vem de Daiemon e Djin - palavra cognata de Gênio. Significa uma força da natureza que precisa ser direcionada. Não é bom nem mau, ele faz o que o seu senhor manda. E quem é o seu senhor?
O coração do homem.

(Dá para explicar por aí, por que as igrejas estão ricas, mas fica para outro post)

Por isso, se quiseres procurar o mau, não busque no outro ou no "demônio", olhe para dentro de seu coração e encontrará sob a forma da cobiça, da inveja, da ambição desmensurada, da soberba, da intolerância e sobretudo, do desamor, fonte primária de todo o mal que aflige a humanidade.

Espíritos da Natureza

Em verdade vos digo: o que está faltando à humanidade é abraçar e receber os espíritos da natureza. Eles precisam se manifestar, precisam ser ouvidos e as pessoas tem medo por que sabem da destruição que estamos fazendo no planeta.
O capitalismo, fruto promissor do evangelismo protestante não quer ouví-los pois teriam que mudar a direção dos seu tratores e motosseras e isso eles não querem, é mais fácil condenar tudo ao "inferno" e represar os instintos ao ponto de eles se voltarem contra os seus donos, como cães ferozes e loucos.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Evangélicos se tornam vítimas da própria intolerância


O mundo evangélico, em especial aquele ligados às denominações pentecostais está em polvorosa desde ontem, quando a Record , do bispo Edir Macedo, Igreja Universal do Reino de Deus.
exibiu uma reportagem com pastor Paul Gowdy da Igreja de Toronto (Canadá), que é considerada uma das principais difusoras do fenômeno "cai-cai" nas igrejas ou "cair no espírito". Paul Gowdy, em se depoimento chama o fenômeno de "farsa demoníaca" e "obra do santanás":

"Tenho tentado viver minha vida no temor do Senhor e Jesus disse-nos que o pecado imperdoável era a blasfêmia contra o Espírito Santo. Muitos viveram o medo de atribuir a Satanás o que era, de fato, uma obra de Deus. Mas estou convencido de que Satanás usou esta experiência para as pessoas cegas para as doutrinas históricas de Deus, para produzir frutos dignos de arrependimento e usou o medo de blasfemar contra o Espirito Santo para que não houvesse teste das profecias e discernimento do que seriam estes espíritos e manifestações. Deus é perfeito, ama a humanidade e nos fez a sua semelhança. Jamais enviaria uma benção para colocar o homem em situação degradante, sem qualquer propósito. Após três anos estando no meio da bênção de Toronto nossa comunidade Vineyard em Scarborough (East Toronto) foi se destruindo. O demônio nós devorou um por um com fofocas, traição, divisão, seitas, etc. Após três anos de "imersão", orando por pessoas, sacudindo, rolando, rindo, rugindo, ministrando no TACF e na sua equipe de oração e adoração, basicamente vivendo para a comunidade fui percebendo o engado e como os mais carnais, imaturos e enganadores entre os cristãos que eu conheci."

As denominações pentecostais reagiram na internet através de Twitter e blogs. Para eles, o bispo Edir Macedo está tentando se livrar de adversários e concorrentes e expondo o meio evangélico ao ridículo.

Não vou entrar no mérito se o "cai-cai" é coisa de Deus ou do demônio. Não possuo o embasamento teológico bíblico suficiente para debater a questão com a profundidade que ela merece. Mas conhecendo um pouco de como funcionam as coisas na imprensa, posso dizer que a reportagem revela uma luta ferrenha nos bastidores do mundo evangélico, uma luta que no fundo não é sobre "quem esta certo e quem está errado" mas uma simples disputa por espaços de poder.

Assisti ao crescimento do evangelismo e pentecostalismo nas últimas duas décadas. Vi ínumeras vezes, os patores atacarem as demais religiões: o espiritismo foi atacado, a umbanda, o candomblé e até mesmo os católicos com suas procissões e devoções aos santos e à Virgem Maria. Quem não se lembra do célebre episódio do "Chute na Santa" promovido em cadeia nacional por um bispo da IURD?

Agora, os evangélicos voltam a sua metralhadora giratoria para a própria comunidade e tornam-se carrascos e vítimas da própria intolerância que geraram. Passaram a praticar a intolerância dentro de casa.

Não tenho conhecimento teológico bíblico, mas conheço a espirtualidade o suficiente para afirmar que Deus pode se manifestar de maneiras muito distintas e que isso varia de lugar para lugar, de cultura para cultura. A maneira de sentir e perceber Deus de um indivíduo de classe média morador de uma grande cidade, não é a mesma de um índio na floresta ou de um negro tribal africano. Deus é o mesmo, mas a manifestação depende de um suporte cultural para ocorrer e ser interpretado.

Por isso, vejo como um desserviço à humanidade a tentativa estúpida do mundo evangélico de querer padronizar as manifestações da divindade, de classificá-las como "Obra do Demônio", simplesmente porque estão afastadas da raíz cultural hebraica, como se SOMENTE a bíblia contivesse a verdade. Ora, tenho dito, e continuarei dizendo: a bíblia, com toda a sua riqueza e ensinamentos profundos e verdadeiros é a manifestação da história de UM povo (o povo hebreu). Dizer que Deus e a Verdade não possam ter se manfestado em outros povos é condenar o restante da cultura humana ao abismo. Algo que não posso crer, pois o Deus que EU CREIO não é tão mesquinho.

Além do mais, a sinuca de bico em que a humanidade se meteu tem a ver com a visão unilateral de mundo promovida pelo protestantismo. Afinal, o capitalismo é uma inveção "evangélica",e não sou eu que estou dizendo isso.

O desrespeito à Terra e ao feminino sagrado na promessa de uma salvação está no cerne da atual destruição do planeta. O aquecimento global está aí para provar isso: estão transformando a Terra em um inferno, na promessa de uma vida eterna em outro lugar qualquer. É essa malta inconsciente que está empurrando o mundo para a destruição. Incapazes de assumir a responsabilidade sobre a vida e o planeta o que sai de suas bocas é algo que me soa como: "bota na conta de Jesus".

domingo, 13 de novembro de 2011

Kassab será processado por autorizar evento da Assembléia de Deus no Pacaembu

Fica de alerta para os políticos de nosso estado ("Parque Gospel"). A matéria é do Estadão.


Assembleia de Deus pretende reunir até 60 mil pessoas na comemoração do centenário da igreja no feriado de terça-feira, 15, dentro do estádio.

O prefeito Gilberto Kassab (PSD) liberou mais um evento religioso no Pacaembu, o que está proibido pela Justiça desde abril de 2009. As Assembleias de Deus pretendem reunir até 60 mil pessoas na comemoração do centenário da igreja no feriado de terça-feira, 15, dentro do estádio. Em agosto o prefeito já havia liberado o estádio para festa da Igreja Universal que reuniu 50 mil pessoas.

O promotor de Habitação Mauricio Antonio Ribeiro Lopes afirmou hoje que, se o prefeito não suspender o evento nas próximas 48 horas, ele será processado por "improbidade administrativa e por crime de desobediência jurídica".

Ao confirmar a decisão de proibir eventos não esportivos no Pacaembu, no dia 16 de setembro de 2010, o desembargador Renato Nalini afirmou que o bairro, "destinado a ser um local aprazível, de moradias diferenciadas", via sua vocação comprometida pela "contaminação de outras finalidades incompatíveis com o uso doméstico".

A ação contra os eventos religiosos foi movida a partir de 2004 pela Associação Viva Pacaembu, formada por moradores do bairro. Naquele ano uma pessoa morreu e diversas ficaram feridas durante show do grupo de rap Racionais realizado na Praça Charles Muller. "Apesar de o prefeito e de todos os secretários já terem sido notificados sobre a proibição das festas religiosas em um estádio para uso esportivo, Kassab resolveu ignorar a determinação jurídica.

A Prefeitura entrou com recurso especial no Tribunal de Justiça para tentar suspender a proibição - a ação ainda não foi julgado, mas não tem efeito suspensivo sobre a proibição proferida em 2010.

Equipes da Procuradoria Geral do Município, porém, argumentam que estudos jurídicos indicam que é possível autorizar eventos no estádio desde que obedecidos os parâmetros da sentença de 2009. Ou seja, se houver "comodidade acústica" aos moradores dos arredores do estádio é poss´vel liberar festas de igrejas.

sábado, 12 de novembro de 2011

USP: Gueto da Insureição ao tucanato


O pau quebrou lá na maior universidade do país. E quase nãos e falou outra cosia na semana que passou. Disseram que eram um bando de macoinheiros, mauricinhos inúteis, filinhos de papai.
Teve até gente que já participou d emovimentos estudantis e que condenou a ocupação da reitoria. Claro, opinião formada pela "vênus platinada", não poderia dar noutra coisa.

Estudei na USP entre os anos de 1993 - 2001. Fumei maconha sim, é verdade. Mas os motivos que levaram a insurreição vão bem além disso, mas é claro, não interessa mostrar, pois seria o mesmo que revelar a própria podridão do sistema corrupto em que vivemos. Interessa à imprensa, mostra a corrupção no governo. mas não interessa revelar a falta de democracia que existe hoje nos meios de comunicação do país.

Menos ainda interessa mostra que o atual sistema capitalista está em crise e que esta crise vai muito além dos cofres da Grécia ou do valor do Euro. É uma crise de valores. O "produtivismo" a que estamos ancorados, tem limites muito clarose eles já estão dando claros sinais de sufocamento. O Brasil parece uma ilha de prosperidade, tão somente porque a demanda represeda de consumo em nosso páis é muito grande e a política de distribuição de renda no governo Lula, mais que dobrou o mercado interno do país. Isso é ótimo, é justo e é certo, mas tem limites.

O problema é que a ultraconservadora sociedade paulista é ressentida com esta prosperidade para todos. Este sentimento vem de longa data e se traduz no desrespeito com os migrantes nordestinos que ajudaram a construir a megalópole. Traduz-se no sentimento de que o norte e o nordeste não deveriam receber tanta atenção por parte do governo federal.

Serra canalizou muito bem este sentimento no segundo turno das eleições. Um sentimento que é puro TFP (Tradição, Família e Propriedade- movimento da extrema direita católica, parecida com a que segue o Mel Gibson). Só para lembrar, foram eles que organizaram a Marcha para a Família que deu aos militares e civis consevadores, a legitimidade que desejavam para aplicar o golpe em Jango em 1964.

O PSDB não é isso, o PSDB surgiu como movimento de centro-esquerda em SP, com Mario Covas,Franco Montoro e o próprio FHC. No seu início tinha uma plataforma política bem próxima a do PT, a social-democracia. No desastre que foi o governo Collor, o PSDB aderiu às teses do neoliberalismo e abandonou a plataforma social-democrata. "Esquecam o que escrevi"- frase célebre em que FHC declarou abandonar suas teses anteriores, que tratavam do subdesenvolvimento e desenvolvimento periférico. Teses que surgiram na mesma FFLCH(Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) que liderou o movimento de ocupação inicialmente à propria FFLCH e posteriormente, à reitoria.

(Bem, só falta agora o FHC morrer para a gente poder dizer que PSDB é igual macaxeira, a parte que se aproveita, tá debaixo da terra).

Durante os anos FHC, a FFLCH em especial e a USP, em geral, conflagaram-se como um gueto de resistência ao pensamento tucano. Sempre foi o berço de pensamentos progressistas das mais variadas matizes. PT, PCdoB, PSTU, PCO sempre estiveram envolvidos nas disputas pelo DCE e pelos Centros Acadêmicos, além é claro, de diversas tendências anarquistas (a qual militei) que também foram sempre muito presentes no Campus.

Na era FHC, a tendência tucana sempre fora muito forte na USP, mas ficava de fora destas disputas, pois considerava que tais movimentos eram "arcaicos". Chamavam-os de dinossauros da velha era comunista e eles os "arautos dos novos tempos."

A era Lula mudou isso tudo e os tucanos deixaram o seu ar 'blasé' para mostrar as garras de seu ódio contra pobres e nordestinos, especialmente. Resultado mais do que evidente nas eleições de 2010, especialmente no segundo turno.

Algo inédito até então passou a existir em SP, e uma parte da juventude elitizada, muitos estudantes da USP (aí é preciso que se especifique, principalmente da Escola Politécnica, aonde estão as engenharias e sempre foi o berço dos reacionários), pasaram a realizar passeatas de repúdio a influência nordestina em SP. São estes que se colocaram como defensores da moral cristã e que colaram cartazes contra os ícones da esquerda, desde Karl Marx até Chico Buarque.

Foi um grupo desta tendência que venceu a última disputa do DCE da USP.

O fato é que nestes anos todos em que o PSDB tem dominado o governo paulista, a USP tem sido um renitente gueto de insurreição e não seria a tomada do DCE que iria mudar isso. A radicalização dos serristas-fasci-cristãos à lá TFP por um lado e por outro, o crescimento dos movimentos Occupy e Annonimous (que queimou as revistas Veja em frente à Editora Abril) em todo mundo levaram ao fenômeno na USP. O movimento Occupy, assim como o Annoymous estão ligados ao Forum Social Mundial e ao movimento altermundista (outro mundo é possível!) e mais uma vez vou citar o filósofo Gustave Massiah do movimento altermundista.

Para o estudioso existem tres possíveis saída para a crise mundial do capitalismo:

1ª - A criação de um neoliberalismo de guerra, com um "endurecimento social” reforçando o moralismo evangelista, a ideologia securitária, a instrumentalização do terrorismo, a religião do mercado e a guerra de civilizações. Para ele há o risco de regimes autoritários e ditatoriais se imporem. Tendência dos tucanos raivosos e ressentidos e da TFP.

2ª - A refundação do capitalismo: seria uma espécie de "New Deal", uma lógica keynesiana de maior controle do estado sobre a economia, programas que favoreçam maior distribuição de renda, o multiculturalismo e a negociação multilateral favorecendo o aparecimento de novos atores no cenário mundial. A partir desta ótica fica claro que este é o modelo adotado pelo Brasil, desde que Lula e o PT assumiram o poder.

3ª - A superação do capitalismo a partir do acesso de todos aos direitos fundamentais e à igualdade de direitos. A construção de uma sociedade baseada na satisfação das necessidades sociais, no respeito à natureza e na plena participação popular reside no âmago desta proposta.Tal modelo, proposto pelo movimento altermundista (Outro Mundo é possível- Form Social Global) tem em seu âmago a recusa ao produtivismo, adotado tanto pelos modelos capitalista quanto pela experiência soviética do socialismo. Contém uma crítica fundamentada ao atual modelo energético, alimentar e climático. Esta é a tendência representada pelos movimentos Occupy e Annonymous, bem como parte dos estudantes que ocuparam a reitoria.

Segundo o filósofo, esta é uma era de "convite à recusa do fatalismo e de possibilidades quase ilimitadas de engajamento."

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A maconha sob a perspectiva das plantas de conhecimento


A ocupação da reitoria da USP por estudantes em protesto à prisão de tres estudantes por porte de maconha no campus, reacendeu o debate sobre a legalização do uso da maconha.

Há doze anos, optei pela ayahuasca, como a minha planta de conhecimento, o meu acesso à divindade, mas nem por isso deixarei de defender àqueles que por suas razões particulares, individuais, culturais ou por facilidade de acesso, escolherem a canabis.

Muito já foi dito a respeito, de modo que não vou repetir os mesmos argumentos e contra arumentos que são utilizados.

Não fosse a estupidez do puritanismo dos EUA querem ter proibido o uso da bebida alcóolica, jamais teria existido "Al Capone". Do mesmo modo, só existe um "Fernandinho Beira -Mar" porque existe uma demanda a ser atendida e pela lógica do capitalismo, ela será, seja pelas vias legais, ou pelo mercado negro.

Quero trazer aqui uma nova luz ao assunto, pelo ponto de vista das chamadas "plantas de conhecimento" ou "plantas de poder". A canabis sativa se enquadra bem neste grupo.

Uma cientista social certa vez disse; "é normal de quem tem consciência, experimentar com a consciência".

O uso de plantas para alcançar novos estados de consciência é tão antigo quanto a própria humanidade. Há registros de uso de cogumelos, plantas "mágicas" das mais diferentes espécies, em todos os cinco continentes.

Vamos falar a verdade e deixar de hipocrisia .
MOISÉS CONVERSOU COM UMA PLANTA , minha gente. Pode-se até dizer que conversou com deus, mas AINDA ASSIM, precisou do suporte físico de uma planta para esta comunicão.

Então, o que tem de tão agravante nisso? Seria exagero dizer que a cultura hebraica, responsável pelas três entre as maiores religiões do mundo (judaismo, cristianismo e islamismo) desenvolveu parte de seus fundamentos em torno de uma planta?
A revelação veio através da sarça, planta do ramo das acácias, parente da jurema, de uso conhecido entre os indios do nordeste brasileiro.
Bem, eu já conversei com plantas e não recebi os dez mandamentos para o povo, mas pelo menos soube o que é importante para a minha vida.

Todas as 'drogas' de hoje, para a qual se gastam milhões de dolares, para sem sucesso, tentar coibir o seu uso, já foram algum dia, plantas utilizadas para fins medicinais, divinatórios, e para ampliação da consciência.

Vamos lembrar alguns;

Cocaína, Crack e derivados: nada mais são do que uma PROFANAÇÃO do homem branco de uma planta SAGRADA a COCA, sem a qual, a vida humana não seria possível acima dos 3.000 metros de altura nos Andes.

Que ninguém duvide do poder revolucionário de uma planta. Em alguns casos há uma verdadeira simbiose entre a humanidade e a planta, gerando uma cultura, uma civilização em torno desta relação.

Basta lembrar que Evo Morales chegou ao poder na Bolívia por lutar contra o programa de erradicação da folha de coca que os EUA levavam a cabo.

Morfina, Heroína e Ópio são derivados da papoula uma planta de uso medicinal na Indochina.
Após um dia estafante de trabalho, um agricultor dos arrozais retira o leite da papoula e o fuma, evitando dores musculares do dia seguinte.

Ele janta, e depois de orar com sua mulher e filhos, faz o uso da papoula, e vai dormir, para trabalhar de novo no dia seguinte.

A maconha em questão é uma planta de uso milenar na Índia, no leste europeu e oeste da atual China, onde possuia funções mágico-medicinais. Na Grécia também esteve ligado ao culto de Dionísio.

Sua proibição data de 1937, pelos EUA, com argumentação de que seria danoso à saúde. Há quem contra argumente que foi o resultado de um lobby das indústrias de papel e tecido por dificultar o acesso à fibra do cânhamo, de uso artesanal e da industria farmacêutica, pois sua larga utilização medicinal era um obstáculo ao comércio de remédios...

Algo muito parecido como o que a ANVISA, a serviço da industria farmacêutica está querendo fazer com o kambô (fica para outra oportunidade).

O que está em jogo na verdade é isso, é a capacidade de cada um poder ter o seu acesso a um estado de introspecção, de estudo, de meditaçào, e por que não dizer, de acesso à divindade.

A "guerra às drogas" é apenas uma tentativa inútil de obter controle sobre a consciência humana.

Se a preocupação é o vício, trate-se o vício como caso de saúde pública e não de polícia. De outra forma, como lidar por exemplo, com a obesidade. Proibindo a comida?

* A imagem de Jesus pode até chocar, mas diga que não é verdade?

Leia também: A Verdade sobre Lobos, Cordeiros e Pastores

terça-feira, 8 de novembro de 2011

A PM de SP é igualzinho ao seu governo: tucano e covarde


Do mesmo jeito que me irrito, quando uns paulistinhas que não conhecem nada sobre o Acre e a Amazônia passam a falar bobagens sobre nós, também me sinto obrigado a tratar do assunto do que está acontecendo na USP em em SP, pois alí é meu território, e conheço bem a história por trás da história que está sendo contada na mídia.

A primeira é de que não se trata de uma luta para se poder fumar maconha, como estão dizendo, e sim, uma luta pela autonomia universitária, uma conquista do movimento estudantil que a sua reitoria tucana está literalmente "cagando e andando"

A USP é estadual, não federal e se fosse pelo seu governo tucano ela já teria sido privatizada em 1999, e só não o foi porque os estudantes ocuparam a reitoria com o Minsitro Paulo Renato dentro, mostrando disposição para "engrossar o caldo" se precisasse.

Sobre a PM de SP tenho algo mais a dizer pois eu mesmo já sofri agressão policial da PM, não por fumar maconha, mas por defender uma mulher grávida de um atropleamento por playboizinhos que vinham em alta velocidade na contra-mão, que eram "policiais" fora de serviço.

Foi a única ação da "polícia" que vi nos treze anos em que vivi em SP. Nunca vi ação policial, nem nas quatro vezes em que tive o carro roubado. Nem quando minha casa foi assaltada, nem quando meu pai foi sequestrado, ou na segunda tentativa que ele passou recentemente.

Aonde estava a "gloriosa" PM-SP durante os atentados promovidos pelo PCC? Enfiram o rabo entre as pernas. Mas quando foi para massacrar presos sem possibilidade de defesa, no Carandiru, aí eles mostraram toda a sua "coragem".

A PM de SP não consegue combater o narcotráfico, nem o furto de veículos (1 a cada 5 min em SP) Mas são muito eficazes para prender estudantes com um baseadinho.

Essa é a PM de SP, igualzinho ao seu governo, tucano e covarde.

A mística do consumo


Tudo precisa de uma "mística" para poder funcionar. Aprendi isso em uma acampamento do MST. As idéias tem que ser semrpe reforçadas para que as pessoas continuem agindo de acordo. No MST chamam isso de "mistica". Há quem diga "lavagem cerebral". Uma coisa ou outra, eé exatamento pelo que passamos todos os dias quando a TV nos diz que precisamos comproar mais e mais para sermos felizes. que a roupa da estação passada está foar de moda e que você será uim apessoa mais feliz se comprar a marca tal.

É exatamente esta "mística" que é reforçada em "templos" que são os shopiing centers, como este que acaba de ser inaugurado em Rio Branco.














Boa Mística para você, eu prefiro tomar a pílula vermelha do matrix, e acordar pra realidade.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Atenção: Este não é Jesus!

É apenas o ator Jim Caviezel cheio de groselha, no filme de Mel Gibson.















Luz, Câmera e Ação

Não, não
estou querendo chocar ninguém, nem tampouco sou
iconocalasta. Mas todos terão de concordar comigo: Esta imagem não é Jesus.

Podemos dizer sim, que é uma tentativa do cine
ma de Hollywood de representar o Jesus Históricos.

Mesmo sabendo se tratar de um ator, interpretando Jesus, a maioria da spesoas se emociona, pois sabe que é uma história bíblica, com referências históricas, religiosas e espirituais muito profundas.
No entanto, devemos tomar a medida certa das coisas, e não se esquecer, que está é uma representação. Não o próprio.

Na Foto Mel Gibson tomando todas abraçado com periguetes australianas com quem mais tarde ele fez o canguru perneta. Só pra lembrar que ele nunca foi santo... Um dia eu falo daquele abestalhamento do Apocalipto, que foi realizado para dar suporte ao discurso do papa Bento XVI, mas fica para outra ocasião.








Este não é um cachimbo
O francês René Magritte exposo sua obra assiM, desse jeito um cachimbo bem realista, com a frase abaixo "Isto não é uma cachimbo"
Parece contraditório, mas quem conhece um cachimbo de verdade sabe que se pode fumar tabaco neles, algo que nesta imagem é impossível.

Este distanciamento entre a representação e o que ela representa, perturba a mente da humanidade não é de hoje. Moisés, de maneira inteligente, exigiu que não se prostassem diante de ídolos, simplesmente porque NENHUMA representação de Deus, é Deus. O que inclui o Jim Caviziel lambuzado de groselha.


sábado, 5 de novembro de 2011

Representante do governo norueguês recebe demanda dos povos indígenas transfronteiriços

As lideranças das 12 terras indígenas que participaram do encontro transfronteiriço promovido pela Comissão Pró-Índio do Acre (CPI) receberam no sítio da ONG na última sexta-feira a visita da vice-ministra das Relações Exteriores da Noruega Ingrid Fiskaa, que recebeu das mãos dos indígenas uma carta com as principais demandas e preocupações do movimento.

O encontro faz parte do GT transfronteiriço, criado em 2006 e que tem por objetivo conjugar esforços dos dois lados da fronteira para a construção de uma agenda comum até 2015 e fazer com que o modelo de desenvolvimento pensado pelos dois países levem em conta o modo de vida das populações tradicionais.

Para Luiz Nukini, liderança do movimento indígena da região do Juruá “as trocas de informações entre os povos do Brasil e Peru podem tornar mais eficientes as ações policiais e medidas governamentais de combate ao narcotráfico e exploração ilegal de madeira.”

Josué Shipibo, do Alto Ucaially disse que uma das prioridades deve ser o respeito às populações que vivem em isolamento voluntário. O combate ao narcotráfico e à exploração ilegal de madeira é outra das preocupações do movimento.

Ingerência em assuntos nacionais ?

A Noruega tem um longo histórico de apoio às comunidades tradicionais, não apenas no Brasil, mas também em outros países, incluindo o seu próprio território onde vivem os Sami – povo tradicional nativo do círculo polar. Durante a sua explanação a ministra disse que hoje os Sami tem um parlamento em que são decididas as questões relativas à esta população.

Malu Ushoa, coordenador executiva da CPI explica que o apoio da Noruega às populações Índígenas do Acre já ocorre há cerca de duas décadas e que a forma da aplicação dos recursos é decidida a partir da demanda destas populações. “O que construímos na educação com os povos indígenas a partir do apoio da Fundação Rainforest da Noruega, transformou-se no programa do governo para educação diferenciada no estado”.

Perguntada sobre se a participação da Noruega em questões nacionais poderia suscitar críticas de setores mais conservadores da sociedade brasileira, Malu explicou que o que é realizado nas terras indígenas com o recurso vindo do exterior faz parte de uma agenda dos governos estadual e federal brasileiro.

A Vice-Ministra explicou, por meio de tradutor, que a relação institucional entre os dois governos se dá através das duas embaixadas, de modo que o governo brasileiro tem o total conhecimento das ações realizadas em território nacional por meio de ONGs com os recursos provenientes da Noruega. Ingrid participou também de uma agenda com o vice-governador César Messias.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Tempestade com vendaval e granizo danifica residências no segundo distrito de Rio Branco a Capital


Teve gente que achou que era o fim do mundo, como o aluno da escola Djanira Bezerra no assentamento Amapá, segundo ditsrito de Rio Branco. Mas não, ainda não foi desta vez. foi só uma chuva de granizo e ventania que destruiu a cobertura de casas populares no bairro. algumas, masi frágeis ficaram totalmnente destruídas, como esta da foto. Hoje pela manhã os moradores trabalhavam na recuperação dos seu telhados.
A grande quantidade de instalações elétricas precárias e provisórias, agrava o risco de um acidente de maior gravidade com os próprios moradores.
Não houveram vítimas, apenas danos materiais. No bairro da Sobral a Casa de Apoio aos Indígenas também sofreu com a ventania que destelhou parte da cobertura.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Dia de Los Muertos


Sempre achei interessante como que em países como o México e o Peru, o dia de finados é uma verdadeira comemoração. A idéia é levar alegria aos mortos e não trazer tristeza para a vida.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Indigenas dos dois lados da Fronteira discutem impactos e ameaças


Lideranças indígenas do Brasil e do Peru debatem nesta semana os impactos e ameaças às comunidades tradicionais na área de fronteira. Entre as ameaças mais citadas pelas lideranças estão a exploração madeireira, o tráfico internacional de drogas, a exploração petrolífera e a ferrovia Juruá-Pucalpa.


A questão da madeira permeia a maior parte do encontro, pois é a ameaça mais concreta especialmente no alto juruá. Naquela região os indios ashaninka tem atuado com verdadeiros guardiões da fronteira brasileira, impedindo a entrada de madeireiros e traficantes.



Benki Ashaninka disse que "estes modelos de desenvolvimento reproduzem um modo de vida tópico das cidades trazendo destruição da natureza e impacto no modo de vida das populações tradicionais."



Do lado peruano a situação é mais complexa e lideranças contrários à exploração madereira estão sendo expulsos de suas terras. Edwin Jota Valera está vivendo de maneira provisória dentro da Apiwtxa, praticamente como um exilado. Em 2006 ele denunciou a exploração ilegal de madeireira em suas terras que inclusive estavam conseguindo sair com selo de certificação da WWF.



Situações semelhantes começam a viver os índios do Vale do Javari. Com o aumento da exploração madeireira na região de fronteira, aumenta também a caça o que tem impactado o modo de vida tradicional destas populações.



Narcotráfico


No vale do Envira, em julho deste ano, o posto de índios isolados comandado pelo sertanista da Funai José Carlos Meireles sofreu um ataque de traficantes internacionais com armas pesadas. Segundo Meireles, o Exército só se fez presente dois meses após o primeiro comunicado de invasão. “Se a invasão de um grupo fortemente armado a um posto do governo federal não é problema de segurança nacional, eu não sei mais o que é”, disse Meireles. Para ele, os narcotraficantes podem estar querendo buscar novas áreas para o plantio destinado à produção de cocaína. “Para isso, eles teriam que expulsar ou matar os índios isolados”, diz o sertanista.


Oxóssi diz para seu irmão Ogum: "a gente precisa ter uma conversa"




Ainda que o movimento não demonstre ter uma posição unificada a fala das lideranças demonstra que não há a expectativa de deter o avanço do desenvolvimento na região de fronteira, mas que haja sobretudo, diálogo para que possam ser preservados os modos de vida tradicional desta populações, da qual depende, a transmissão de sua cultura.

O encontro acontece até sexta-feira no sítio da Comissão Pró-Indio, Rodovia Trasnacreana, Rio Branco.