sexta-feira, 23 de março de 2012

Um contra ponto à notícia da venda de direitos sobre terras indígenas

Foi veiculada na grande impreensa a notícia de que os índios Mundukuru do Pará, teriam vendido a uma empresa estrangeira, direitos sobre seu território. No corpo da matéria falava-se em creditos carbono (o que eu acho aceitável) e biodiversidade (o que eu acho temerário).

Quem quiser mais detalhes. Está aqui o link de uma das muitas reportagens sobre o tema.

O fato é que a noticia causou uma reação na sociedade brasileira, por entender que contratos desta natureza representam uma ameaça à soberania nacional.

Contudo, segundo texto de Raul Silva Telles, do Instituto Socio Ambiental, a matéria e o título, especialmente capcioso são parte de uma estratégia de setores da sociedade brasileira, em especial pecuaristas e mineradores, de se apropriar das terras indígenas.

"Para os que estão em busca de razões para tirar terra dos povos indígenas (há várias propostas legislativas nesse sentido), isso seria a demonstração de que não se deve deixar nas mãos de pessoas tão irresponsáveis pedaços tão importantes de nosso território."


E ainda completa, mostrando os interesses por trás da notícia, segundo ele, tendenciosa.

"Muito melhor seria deixar as terras públicas nas mãos de grandes produtores. Estes, embora também vendam muito do que produzem para multinacionais (Bunge, Cargill, Mafrig etc.), o fazem em nome do “progresso”."

Já deixei clara a minha posição sobre o tema no primeiro parágrafo do texto. E reproduzo aqui o link do texto de Raul Silva Telles, como um contraponto a notícia veiculada na imprensa nacional.

Talvez devessemos tomar um melhor conhecimento do que realmente está sendo negociado, sem o intermédio de uma mídia que já provou, em diversas ocasiões estar ao lado, por exemplo da Monsanto.



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