segunda-feira, 4 de junho de 2012

Márcio Bittar: “Democracia petista é capenga”

Em visita aos municípios do vale do Juruá, o deputado tucano reafirmou a unidade das oposições para a sucessão municipal deste ano.

Em entrevista ao Programa Juruá Notícias, o deputado federal Márcio Bittar do PSDB voltou a atacar a maneira da FPA de governar, ainda que admita avanços nas gestões do PT.

“Como toda aliança política, que almeja, obviamente, governar o estado do Acre. Temos a coragem de admitir que o que houver de positivo no atual governo vamos manter e ampliar, mas vamos caminhar por onde eles não foram.”

Neste sentido, o deputado citou três pontos fundamentais que, segundo ele, compõe o eixo da oposição, iniciando pela questão do setor produtivo.

“O Acre precisa vencer um grande desafio que é a atividade econômica. Não podemos ir para a eternidade com esta dependência completa por Brasília”.
O deputado tucano também alfinetou a relação que o governo do Acre tem promovido com mos países vizinhos, Bolívia e Peru.
“Esta tem que ser uma relação de estado e não de governo. Uma relação como esta potencializa coisas boas, mas não podemos nos esquecer que estes países são grandes produtores de cocaína.”
Márcio Bittar também chamou a atenção para os estados vizinhos de Amazonas e Rondônia, cuja relação com o Acre atualmente, é desfavorecida em razão de diferenças políticas entre os governos.
Por fim, voltou a criticar diretamente a relação política da FPA.
“Acho que a democracia petista é meio capenga. Com todo respeito que eu tenho às pessoas, o PT é muito autoritário. No governo ele age como se a estrutura de governo pertencesse ao partido político, e isso não pode acontecer.”


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Opinião

Conhecendo um pouco como as coisas funcionam no Acre, não dá para deixar de concordar com o deputado tucano.
Contudo, conhecendo como as coisas funcionam em SP, onde os tucanos governam há mais de 20 anos, a suposta "tirania" petista parece brincadeira de criança. O governo Alckmim tem sido pródigo em utilizar a força policial contra professores, estudantes e sem-teto. Se ambos são "tiranos", em SP a brutalidade é muito maior.A realidade só confirma a tese machadiana de que a melhor maneira de apreciar o chicote é ter-lhe o cabo na mão.
Na melhor das hipóteses apenas reafirma a necessidade de uma oposição como contra-ponto, e neste sentido, o deputado tem cumprido importante papel ao estado.

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