segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A Última Pantera

Bem que o seu Jurubeba disse: "lá se vai a última pantera".
Dayana Maia era a última remanescente da formação original do adorável grupo que carinhosamente apelidei de "As três panteras", da qual faziam parte  Jaqueline Teles e Vanísia Nery.

Costumo dizer que a dinâmica de uma profissão com tão pouca estabilidade como o jornalismo, não é muito diferente das carreiras dos jogadores de futebol. Começamos jogando pelada no time do bairro, depois passamos para segunda divisão, às vezes nos destacamos e jogamos no Corinthians, para logo alí mais adiante, o Palmeiras comprar nosso passe e então sermos amados pela torcida que antes nos odiava.
É assim mesmo. Não nos resta nada a fazer além do que jogar o melhor futebol em campo e esperar que nosso passe valorizado pelos clubes. Quem sabe um dia ainda jogo no Barcelona?

Dayana Maia bate um bolão. É por isso que o seu passe interessa a qualquer um dos dois times que irão conduzir as campanha eleitorais deste ano. O time de camisa azul comprou o seu passe e ela agora irá integrar a (competente) equipe de campanha de Vagner Sales à prefeitura. E já que estamos falando de profissionais e não de simpatias políticas ou ideologias, nada mais justo do que respeitar estas pessoas pelo que elas são: profissionais.

O fato de que nossa equipe luta por todos os meios para manter uma linha editorial o mais equilibrada possível nestas eleições, é auto-explicativo de porque Dayana não pôde permanecer na função em que estava. Zelo necessário neste tempos, para que as cores da campanha não tinjam nossos camisas.

Ganham eles, perdemos nós. Mas o jornalismo e o futebol são mesmo esta "caixinha de surpresas" e esta dinâmica, no final das contas, favorece a todos: talentos consagrados conseguem o seu reconhecimento e novos talentos surgem.

Não consigo imaginar que benefício traria a esta profissão a tão decantada "estabilidade" viciante e estagnadora do funcionalismo público. Já imaginaram como seria se no futebol houvesse "estabilidade"? Quão maçantes e enfadonhas seriam as partidas? Se agitariam as bandeiras da torcida? Ou dormiriam todos na frente da TV, vendo apenas jogadores "cumprindo tabela"?

Antes vale esta dinâmica que proporciona uma carreira emocionante e vibrante que nos faz a cada manhã despertar com um desejo ainda maior de desvelar um pouco da realidade que nos cerca. Trazer os problemas à apreciação do público para que como a "Hidra de Hércules" possam ser vencidos pela luz da verdade e do conhecimento.

Minha amiga, colega e eterna "pantera" Dayana Maia. Continue batendo este bolão, não desanime nunca, não se deixe vencer pela estagnação. Aproveite cada oportunidade para se tornar uma "craque" cada vez mais experiente e oferecer ao público, o melhor de você, onde estiver.

2 comentários:

  1. que lindo......terminei em lágrimas meu amado amigo ;0

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  2. //belo texto, a vida tem dessas coisas, a Daya vai fazr falta no Jurua noticias, mai como dizem: Ha males que vem para o bem.

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