domingo, 12 de outubro de 2014

Marina “El Cid” Silva

Todo espanhol que se preze conhece a história de El Cid.

O cavaleiro que liderou as tropas cristãs contra os sarracenos teve uma biografia conturbada.

Conta-se que “El Cid” mudou de lado algumas vezes e teria lutado também ao lado dos sarracenos contra os cristãos. As razões que o levaram a isto são até hoje são motivos de controvérsias entre os historiadores.

Dizem, por exemplo que “El Cid” não recebeu dos reis de “La Mancha” aquilo que achava que era o seu merecido valor em batalha.

Outros afirmam que “El Cid” almejava mais do que dinheiro e que pretendia tornar-se senhor de uma parte da Península Ibérica ou quem sabe, mesmo Rei.

Há até quem imagine que “El Cid” sonhava criar um reino onde cristão e sarracenos pudessem conviver, na magnífica civilização criada pelos Almorávidas.

O fato é que as últimas batalhas de “El Cid” foram travadas ao lado dos cristãos. O respeito que inspirava nas tropas, bem como o temor que causava nos inimigos, o tornaram uma figura lendária.

Conta a história que travou sua última batalha, morto. E Venceu.

Sabendo o significado de ter “El Cid” montado em seu cavalo, os cristãos teriam atado seu corpo morto de tal modo que pudesse segurar o estandarte que defendia.

Resultado: vitória dos cristãos!

Encontro paralelo entre a trajetória de Marina com a de “El Cid” motivos.

Primeiro, a óbvia polarização entre tucanos e petistas, que já vem arrastando o país numa interminável guerra de valores, onde “bons” e “maus” encontram-se dos dois lados da trincheira.

Segundo, por ter um projeto próprio de país, que não é o dos “sarracenos” nem o dos “cristãos”, mas de um país que possa existir para todos, independente de suas diferenças.

Por último, por perceber que Marina, mesmo depois de “morta” na disputa eleitoral continua portando o estandarte das causas indígenas e ambientais com a mesma galhardia.

E ainda é capaz de decidir uma batalha.

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