sexta-feira, 11 de maio de 2012

Promotor de Justiça nega que tenha pedido de cassação, mas confirma investigação de demais prefeitos do Juruá

Ex-prefeitos também são investigados, afirma

Em entrevista ao jornalista Nelson Liano Jr, o promotor de justiça Fernando Regis Cembranel que responde pelos municípios de Rodrigues Alves e Mâncio Lima, negou que tenha feito o pedido de cassação dos prefeitos dos dois municípios mas afirmou que a ação, pode, sim, resultar em perda de mandato.

 O prefeito de Mâncio Lima, Cleidson Rocha (PMDB) é investigado pela contratação de parentes para cargos públicos (nepotismo), ação de improbidade administrativa, o que segundo o promotor, não é passível de perda de mandato.

Já no caso do prefeito de Rodrigues Alves, o Burica (PT), as acusações são mais graves. O mesmo é acusado de ter fraudado processo licitatório para locação de veículos. “Temos evidências e testemunhos de que o preço foi combinado para favorecer uma determinada pessoa, e de que inclusive, isso teria sido uma promessa de campanha”, disse em entrevista, o promotor. Outras nove pessoas são investigadas por participação no esquema de fraude.

O MP também investiga os gastos com combustível no município, da ordem de dois milhões de reais, cifra considerada pelo MP como suspeita, devido à quantidade de máquinas no município. Empresários que supostamente tenham se beneficiado do esquema também estão sendo investigados.

 Outras investigações

O promotor de justiça Rodrigo Fontoura também foi convidado a comparecer ao programa, especialmente para esclarecer a notícia erroneamente veiculada de que haveriam pedidos de cassação para os cinco prefeitos do Juruá. Rodrigo Fontoura, que não pôde comparecer em razão de problemas de saúde, por telefone, esclareceu que não há nenhum pedido de cassação formulado, ainda que existam ações de improbidade administrativa contra todos os prefeitos da região. O prefeito Vagner Sales (PMDB), por exemplo, responde por pelo menos quatro ações de improbidade no MPE. Randson Almeida (PMDB) após 25 dias preso, foi afastado do cargo pela justiça. Neuzari Pinheiro (PT), permanece preso.  

Ex-prefeitos também na mira

Segundo o promotor Fernando Regis, ex-prefeitos também estão sendo investigados com o mesmo rigor “não existe distinção, o processo é o mesmo”, explica.
"Leite das crianças"

A situação mais complicada é a do ex-prefeito Vagner Santana de Amorim, o Dêda (PP). O mesmo já foi condenado a uma pena que pode chegar aos 9 anos de prisão. Segundo os autos do processo, Dêda teria usado leite da merenda escolar para saldar dívidas de campanha com um empresário local.
Farra dos terrenos
A ex-prefeita Zila Bezerra (PTB) e seu secretário de administração Elson Bezerra foram condenados em primeira instância a ressarcir os cofres públicos dos valores adquiridos com a venda, que foi considerada ilegal, de terrenos públicos para particulares.

Fraudes e Desvios

Itamar de Sá (PT), ex-prefeito de Marechal Thaumaturgo teve as contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) nos anos de 2001, 2002, 2005 e 2006, período em que exerceu os mandatos de prefeito do município de Marechal Thaumaturgo.

Itamar também foi acionado pelo Ministério Público Federal (MPF/AC) por supostas fraudes na construção de uma praça no município. Itamar também foi acionado em outro processo pelo MPF por supostos desvios de recursos no sistema de abastecimento de água e ainda de recursos destinados à saúde indígena (300 mil reais, segundo site do MPF).

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